terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Note to self:

"oh, instincts are misleading
you shouldn't think what you're feeling
they don't tell you what you know you should want"

Pelo rumo que o Universo anda a tomar, este ano vai ser um ano de mudanças. O problema é que até agora não estou a gostar de nenhuma das que se afiguram.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Primeiras Reacções

Pronto, ficamos assim.
Hoje foi a primeira vez que exerci o meu direito de voto, uma das facetas da maioridade pela qual estava mais entusiasmada.
Não me arrependo de todo da minha escolha e estava mesmo esperançosa que conseguiriamos uma segunda volta. Tal não aconteceu, é preciso respeitar a maioria democrática. Ganhou Cavaco Silva e apenas posso esperar que agora ele não estupidifique assim por demais. É preciso ter fé.
Não me sinto representada por ele, não partilho com ele valores e princípios e acho que ele não tem qualquer postura e sentido de Estado, mas aparentemente a maioria dos eleitores reve-se em Cavaco Silva e na sua candidatura e naquilo que foi a sua presidência até agora. Além de que se tratando de uma reeleição presidencial, historicamente o resultado não poderiam ser muito diferente. Ficam as percentagens da abstenção e dos votos em branco, significativos.

A luta não foi em vão. E é preciso ser continuada.
Manel, em 2017 estamos cá outra vez. À terceira é de vez.

P.S.: Desconfio que está não será a última vez em que vou votar em candidatos que acabam por perder...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Feliz ou Infelizmente

Ando com esta música na cabeça. Foi a MTV que a meteu no meu caminho, a safada.
Mas é um bocado isto que se passa dentro da minha cabeça. Especialmente porque o universo é lixado e aquilo que ontem se pensava ser o pior que podia acontecer não o é de todo, a partir do momento em que os problemas, aqueles  mesmo sérios e reais, que não estão só na nossa cabeça, mas mexem com todo o equilibrio da nossa existência, nos atingem como um autocarro em chamas e esses sim nos tiram o chão e nos fazem recear o futuro, fazendo com que tudo o resto estupidifique em comparação. E o pior de tudo, estão fora do nosso controlo e vão muito além de nós. É  a vida a acontecer.
"And I feel like I'm breaking up, and I wanted to stay,
Headlights on the hillside, don't take me thisway,
I don't want you to hold me, I want you to pray,
This is bigger than us."

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

E não consigo deixar esta tristeza para trás, esta mágoa, a desilusão, mesmo que não valha a pena e seja imerecida, que é, sei perfeitamente que não merece mais do que o voltar as costas e ir à minha vida.
De qualquer das formas não consigo deixar de me sentir triste e está a ser muito complicado relativizar, pensar que podia ser pior, pensar que isto já estava para acontecer há muito, eu estava em negação ou iludida, ainda não consegui decidir qual dos dois estados é pior.
De qualquer das formas a minha cabeça está um caos. Porque tudo isto me é perfeitamente irracional. Não faz sentido. É estupido. É uma completa parvoíce. Mesmo assim não consigo deixar de sentir que o chão me fugiu debaixo dos pés e eu dei assim um valente trambolhão. A pensar que a minha vida estava orientada, tinha um propósito e sabia com o que contar para agora perceber que não, afinal não era bem assim. A minha cabeça está um caos e eu não me consigo orientar outra vez, porque não consigo parar de pensar. O que me mata é o pensar, esta mania que eu tenho. Analisar, comparar e concluir que não faz sentido e que eu no final de contas estou sozinha, tal como me sentia há 5 anos atrás. E eu jurei que nunca mais me deixaria sentir tão desesperada e bater no mais fundo do fundo daquele poço. Mas desde aí não sentia tão profundamente a solidão incognita de quando estou sem conseguir adormecer às 5.30 da manhã a pensar em como está a minha vida. E eu sei que estou a ser terrivelmente injusta (também sei que provavelmente este texto não está a fazer sentido algum) para aqueles que nutrem determinado e certo afecto por mim e realmente se preocupam como vai indo a minha vidinha, sei que não estou completamente sozinha e abandonada no mundo, mas agora é um bocado isto que sinto. E não, não consigo relativizar, "se calhar não é bem assim, Diana Catarina, estás a exagerar, não penses nisso agora que fazes pior", não consigo. Só sei que me sinto terrivelmente angustiada por algo completamente estupido, mas que me está a foder a vida, a deixar-me de rastos e a cabeça num caos.
Tenho medo do que virá. Acima de tudo tenho medo da evolução desta coisa que estou a sentir, de um vazio que aos poucos se enche ainda mais da mágoa e desilusão de saber que podia não ser assim e que eu podia estar alegre e contentinha da vida, mas que agora estou mas é fodida com a vida e uma desgraça.
E o que eu preciso neste momento não são palavras de compreensão, mas ouvir um "que se foda, vamos beber um copo e pões-te fina numa instante".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

3 desejos

Apoderou-se de mim uma vontade incontrolável de degustar uma bela de uma bola de Berlim, com muito açúcar e muito creme, e um belo de um Big Tasty ou um daqueles Cibatta que parecem do céu e qualquer coisa que envolva café e chocolate e cenas boas no Starbucks.
Mas como há coisa de... acabei de me aperceber que não faço ideia de quando foi a última vez que sai de casa, ah! foi sexta-feira para ir a Lisboa... portanto há coisa de três dias que não saio de casa, ainda não consegui satisfazer os meus desejos.
E a minha mãe partiu-me o coração quando se esqueceu de me trazer hoje a bola de Berlim.
Vida triste a minha...
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Adenda: a bola de Berlim já foi: o Pingo Doce salva vidas.

sábado, 15 de janeiro de 2011

É isto tudo.

«Acho que é disto que falamos quando falamos de Amor: a nossa passagem pela vida. Quem ler isto e pensar qualquer coisa como "é preciso ser parvo para se ir abaixo por causa duma paixão", sinceramente, ainda não chegou lá
do bagaco amarelo
E é mesmo.
Amor é o que nos mata e o que nos devolve à vida. Sempre e repetidamente. Mas não poderia ser de outra forma, dá-me a crer...

Oh pah a sério

eu ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO (acabei de me aperceber que se fizer copy e paste da palavra odeio é mais fácil) ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO (e agora a palavra acabou de perder qualquer significado, não é tão estranho quando isso acontece? mas giro ao mesmo tempo...) ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO ODEIO Estatística. De morte. Mesmo assim à bruta. Odeio de morte estatística. Pronto.

Eu não sou uma pessoa para números. Eu dou-me com as letras, a nossa relação já vem de há muito, as letras é que são minhas amigas, e mesmo que digam "ah e tal mas as incognitas são letras: há aquilo do Xi, do Fi... a cena tão gira que é o CumFi". Eh pah, não. Por favor. Não.
Estou com duas canecas de café em cima (o que de resto é bem visível) mas mesmo assim, no segundo que começo a ler qualquer coisa que se assemelhe a amostragens, médias, modas, medianas, frequências absolutas  e relativas, somatórios, proporções, rácios e cenas dessas dá-me uma pedrada de sono mesmo assim à bruta. E depois se ainda existisse qualquer hipotese de eu ter mais do que um 11, que é o que preciso, a coisa ainda valeria a pena. Mas não. É impossível. Só mesmo se um pequeno génio estatístico reencarne e se apodere de mim.
Raios partam esta cena. Quero tanto, mas tanto que venha segunda feira para acabar com isto e já só ter o 2º semestre em que pensar. Isso sim é que vai ser muito giro. Raios partam, raios raios raios raios raios raios...
Quero que esta cena se dane.
Bah.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O cenário é este

Estou sentada à mesa na sala, assim para dar um ar mesmo sério à coisa, a televisão está ligada, mas tudo bem, porque estou a ouvir música - estou a ouvir a Ella Fitzgerald e como isto está em modo random daqui a nada está a dar o Ray Charles ou o Louis Armstrong, tudo em nome da seriedade da situação - portanto não me vou distrair com a Judite de Sousa.
Tenho os exercícios de Estatística que imprimi esta tarde em cima da mesa e os apontamentos muito bem arrumados e alinhados. A máquina de calcular também está aqui. Escusado será dizer que ainda está fechada e não me apetece nada estudar. Mas mesmo nada. Eu sou pessoa de letras, não me dou com números.
Pelo andar das coisas, e ainda me falta ir aos sítios dos costume, ao Facebook, responder a mails, ver umas coisas no YouTube, ao site da People e da Blitz (aparentemente os Coldplay vêm ao Alive), só vou começar a estudar lá para 11 da noite.
O exame é daqui a 5 dias e eu não percebo nada de Estatística (tive 6 na frequência, foi o trabalho que me salvou, big time, já se devia saber que isto não vai correr nada bem), além de que, convenhamos, não há coisinha mais chatinha para estudar que Estatística, só mesmo talvez Métodos (a Carmensita resolveu hoje finalmente dar de si e fazer saber que está viva e não teve nenhum enfartamento de filhoses e chocolates pelo Natal, é bom saber).
Enfim, tenho de estudar. Mesmo bué. E assim à séria. Mas se tiver mesmo de ser estou aberta a distracções. Disponham...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"To youth and natural cheerfulness like Emma's, though under temporary gloom at night, the return of day will hardly fail to bring return of spirits. The youth and cheerfulness of morning are in happy analogy, and of powerfull operation; and if the distress be not poignant enough to keep the eyes unclosed, they will be sure to open to sensations of softened pain and brighter hope."
in Emma, Jane Austen

domingo, 9 de janeiro de 2011

Neste momento, eu Diana Catarina sinto-me uma moça realizada

Fui entrevistada ontem pela Antena 1 no comício do Manuel Alegre: antes e depois dos discursos. Minuto 48, sou eu. Das duas uma: ou lancei os alicerces de uma futura carreira ou desgracei a minha vida. Provavelmente foi a segunda. De qualquer das maneiras, já posso dizer que fui entrevistada para a Antena 1, e assim uma coisa à séria, muuuahahahah. A minha vida está completa. 
E sim, é O Manel!


sábado, 8 de janeiro de 2011

Para os queridos almadenses que me lêem

Manuel Alegre estará presente hoje, dia 8 de Janeiro, às 8 da noite na Incrível Almadense, para um comício. 
Porque Portugal precisa de todos. Apareçam!




Se eu fosse moça de coragem...

... num devaneio apagava as mensagens todas. Só falta isso.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E quando a minha vida parecia estar orientadinha...

... cai o Carmo e a Trindade.
Ok, posso estar a exagerar, sempre tive queda para dramatismos, mas é um bocado isto.
Quando parece que está tudo orientado e a minha pessoa está alegre e contentinha da vida, há sempre alguma coisa que descamba. Por isso não gosto de dizer que sou feliz, assim no presente. É mais seguro dizer que fui feliz. E se fui. Com muitas coisas, com muita gente. A felicidade nunca é percebida quando está a ser vivida, acontece no momento da memória. E muito me alegra conseguir olhar para trás e perceber isso mesmo: nos últimos anos fui feliz, mesmo que tenham acontecido, muitas, demasiadas coisas menos boas. Mas olho para trás, sorrio e percebo que já tive uma vidinha do caraças, quando sempre pensei que eu não fui feita para ser feliz e isso alegra-me o coração.
Não posso querer mais nada. Apenas que daqui por diante tenha a coragem (porque sim é preciso ter coragem para se ser feliz) de continuar como tenho feito até agora e como me apercebi que tem de ser. Sempre para a frente.

Ainda do Ano Novo

  • vou começar a dar mais abraços;
  • vou ler filósofos e andar com Sartre, Platão e Nietzsche debaixo do braço, porque eu sou do bué intelectual;
  • vou usar menos o conector "que" nos textos: já chateia, não é bonito, estou farta dele, portanto cada vez que (mas este não conta, está?) usar um que não seja absolutamente necessário estão à vontade para me repreenderem;
  • vou continuar com a resolução do ano passado: a coisa até correu bem.
E pronto acho que é só isto... coisa pouca. E vocemesses já resolucionaram alguma coisa para este ano?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Esta coisa das pessoas

As pessoas estão destinadas a desiludir. Todas elas, nalgum ponto das nossas vidas, numa qualquer situação, seja por palavras, por actos ou simplesmente por dizerem ou fazerem coisa alguma. Tenho vindo a estabelecer esta teoria há já uns tempos. Até agora posso dizer que ainda não houve refutação prática por parte das pessoas, salvo raras (rarissímas) excepções.
As piores desilusões acontecem com as pessoas que nos estão mais próximas. E nem poderia ser de outra forma: são estas que realmente importam e quando caem na asneira de nos (me) desiludir é um problema. O pior é quando são coisas esperadas, antecipadas, mas que por qualquer razão foi melhor passar por cima, não querer criar confusão, ignora-las: "Não, Diana Catarina, estás a ser paranóica, tem um pouco de fé nas pessoas." O problema deste processo mental é que tudo isto acaba por desabar quatro ou cinco vezes com mais intensidade noutro tempo qualquer. E a confusão acaba por ser quatro ou cinco vezes maior e batemos ruidosamente com a porta. Acabou.
Mas de outras vezes, a porta fecha-se sem muito alarido, devagar, com o sopro do vento e das circunstâncias da vida. O Kerouac tem uma citação que eu gosto muito: “What is the feeling when you're driving away from people, and they recede on the plain till you see their specks dispersing? -it's the too huge world vaulting us, and it's good-bye. But we lean forward to the next crazy venture beneath the skies.” Às vezes é isto que acontece. Duas pessoas que um dia foram próximas e partilharam uma amizade que se julgava daquelas do para sempre afastam-se até que a linha do horizonte as faz desaparecer: é o peso do mundo, do quotidiano e do comodismo, porque custa manter uma amizade com alguém, dá trabalho e é preciso paciência. É mais fácil deixar cair do que mante-la no ar. E é a perda que custa mais, não a intempestiva, a do "odeio-te, como me pudeste fazer isto?", é esta, a que lentamente nos rouba quem um dia foi importante. E custa um bocadinho, mas há que perceber que a vida corre e as pessoas não são constantes, mudam e têm atitudes inesperadas (ou talvez nem tanto assim) e que nos deitam abaixo, nunca conhecemos verdadeiramente uma pessoa. Caraças, nem nos conhecemos bem a nós próprios, quanto mais o outro. É a pessoa que fazemos na nossa cabeça que nos desilude, creio. Creio não, sei. É assim mesmo.
Seja de que forma for, perder alguém que outrora já consideramos tão próximo é mau. Seja porque nos desiludiram, porque foram parvos, estúpidos, completamente irracionais, e uma pessoa assim não dá, farta-se, bate a porta e acabou.
Só é pena que acabe que assim.

E foi à beira Tejo que recebi 2011

E chegar a Lisboa a ouvir a Lisbon, na ultima viagem do ano






"'cause baby we were born to run!"

Que 2011 seja um ano do caraças...