sábado, 26 de novembro de 2011

Descubra as diferenças!

O meu estudo na biblioteca

O meu estudo em casa...

Afinal não

O wishfull thinking não cura, só adia e porque "não há almoços grátis" faz pior.
Estou com aquelas dores de garganta e cabeça preconizadoras de momentos febris vindouros, que não dão jeito nenhum especialmente por esta altura.
E já disse que agora a minha mão esquerda acha por bem começar a tremer do nada?
Em boa verdade, estou a morrer... de facto e um bocadinho por antecipação.

Ao menos tenho a voz melodiosa da Cat Power e a Primavera do Bernardo, a par de uma linha de comunicação aberta à minha pessoa preferida de todo o mundo onde vou lamuriar infinitamente o facto de eu estar a morrer. Assim, até nem é mau.

"with your kiss my life begins"


"You touch me
I hear the sound of mandolins
And you kiss me
With your kiss my life begins

Love me, love me
Say you do

Let me fly away
With you"

Coisas, coisas, coisas e coisas

Eu só tenho coisas para fazer. 
Bah.

E depois só de pensar que tenho um mês inteiro de férias pelo Natal, questiono-me porque raios duram os semestres só quatro meses e porque ficam as frequências e trabalhos todos concentrados nesta mesma altura.
Ao mesmo tempo, começo a ficar com alergia a feriados. Não descanso, mas também não faço nada de jeito por esta mania parva de não conseguir estudar decentemente em casa. 
E coisas, só tenho coisas para fazer e nada de especialmente interessante (ou seja, trabalhos de Demografia).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tudo está bem quando acaba bem

A alegria de chegar a casa e ver ao lado do telefone o panfleto da Telepizza com sinais de ter sido manuseado, mas perguntar (assim como quem não quer a coisa) o que é o jantar. A mãe responde: "já vou fazer" e é toda uma desilusão instalada. "Raios!"
Todavia, a felicidade de entrar na cozinha e ver esparguete a cozer e carne picada.
"Victory!"

E é isto...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"come on, it's lovely weather for a sleigh ride together with you"

Quero férias e Natal! 

Ou então ter tempo para passear e ver as decorações de Natal pela cidade. 
Mas perspectivo uma semana de muita procrastinação, seguida de um fim-de-semana de estudo intensivo e seguidos de muitos outros dias encerrados em bibliotecas universitárias. Basicamente, serão semanas movidas a cafeína. 
O que me vale são as luzinhas a cintilar da minha pequena árvore de Natal, plantada há já umas três semanas no meu ambiente de trabalho, e o album de Natal da Miss Deschanel e do Mr Ward. É bueno, bueno.


"come on, is a lovely weather for a sleigh ride together with you"

domingo, 20 de novembro de 2011

E parece que durante a noite o meu corpo decidiu voltar a si e parar com esta parvoíce de estar constipado. Eu aprovo. O mundo faz-se de whisfull thinking e a força de vontade. Porreiro... 

sábado, 19 de novembro de 2011

Estou a ficar doente e muito triste por tal facto. 
Isto agora já não tem piada nenhuma: antes estar doente significava faltar às aulas e, mais importante, faltar às aulas de Educação Física. Era tão bom, não ter de correr em círculos, "fazer" (pois porque eu não fazia coisa nenhuma, tinha uns espasmos e acabava aí) flexões e abdominais, não tocar na bola e ser abalroada para o chão, na tentativa de a roubar ao adversário.
Mas agora que até gosto das aulas e tenho muitos afazeres, não me dá jeito nenhum ficar de nariz entupido, olhos a lacrimejar e estas dores de cabeça que moem. 
Raios partam o Inverno e as mudanças de temperatura.
Bah. 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dou por mim a pensar

(Sim, às vezes acontece dar-se o caso de eu pensar. É assim num daqueles momentos iluminados, não sai nada de jeito, mas a actividade cognitiva está presente).
Mas estava eu a dizer: dou por mim a pensar que se nos meus tempos de secundário soubesse o que sei hoje, tinha tido umas notas tão mais fixes. A sério.
E depois fico chateada, porque toda a experiência de secundário ter-se-ia tornado tão mais interessante. 
Bah. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Ah seus marotos

Afinal a chave do sucesso académico (oiçam bem e tomem notas) reside em show cases da Fnac de bandas giras e fofinhas. É ir, trautear uma melodias, dançar uns passitos (ou abanar energicamente toda uma volumetria de ser corporal em espasmos prolongados, uma das duas) e pronto. 
Ou isso, ou o italiano anda nos ácidos e eu acho que é um muito mau exemplo para as nossas mentes deveras impressionáveis. Acho que é mais a segunda... mas pronto. 

Eh pah, muito obrigada, mesmo deveras, são uns porreiros. 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cenas da Vida Académica

Duas semanas e tal sem vida social que se veja, maratonas de estudo intensivo sem quase ver a luz do dia, perda de sanidade mental. 
Eu não toco em sangria há mais de um mês e mesmo dessa última vez foi tudo muito mal amanhado, nem deu para aquecer (facto que me entristece bastante.) Eu não sou muito de festas e coisas assim, mas sangria é boa e eu gosto. 
Basicamente, tenho sobrevivido à base de cafeína e alimentação altamente calórica estas últimas duas de semanas de frequências e não me parece que o cenário vá mudar muito nos dias subsequentes, algo que me põe um bocadinho triste, porque mesmo que não seja polvilhada por acontecimentos espectaculares e épicos, gosto de ter um bocadinho de vida social. Ir ao cinema, passear, ler um livro que não seja para fins académicos, beber, ir às compras e experimentar perfumes, gastar tempo de vida no Facebook, Tumblr e Twitter. Coisas assim giras. Era capaz de ser giro. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Bah!

Ah e tal isto da reivindicação social é muito bonito, muito útil para me adiar por dois dias testes de Sociologia, é muito agradável na medida em que me caem do céu mais dois dias, muito apreciados e necessários, para estudar. Por outro lado, é muito desagradável na medida em que me tira o namorado, porque os comboios ficam bem é a dormir na estação terminal. 
Pronto, mas não está nada bem. 

Amanhã também faço greve*. Como veículo de transmissão e meio de produção intelectual também tenho direitos. 

[*Greve essa que se traduzirá num dia inteiro fechada numa biblioteca, mas mesmo assim... O que conta é o plano cognitivo do individuo.]

domingo, 6 de novembro de 2011

O Dom Milagroso de um Grande Amor


"Na vida de toda a gente há braçados floridos dessas tolices sem importância. Só a raros eleitos é dado o milagroso dom de um grande amor. Eu teria muita pena que o destino não me trouxesse esse grande amor que foi o meu grande sonho pela vida fora. Devo agradecer ao destino o favor de ter ouvido a minha voz. Pôr finalmente, no meu caminho, a linda alma nova, ardent

e e carinhosa que é todo o meu amparo, toda a minha riqueza, toda a minha felicidade neste mundo. A morte pode vir quando quiser: trago as mãos cheias de rosas e o coração em festa: posso partir contente."

- Florbela Espanca, in "Correspondências (1930)"

Aceitam-se contribuições

Eu gosto muito da poesia do David Mourão-Ferreira... Só para que saibam.


Ilha


"Deitada és uma ilha e raramente 
surgem ilhas no mar tão alongadas 
com tão prometedoras enseadas 
um só bosque no meio florescente 

promontórios a pique e de repente 
na luz de duas gémeas madrugadas 
o fulgor das colinas acordadas 
o pasmo da planície adolescente 

Deitada és uma ilha que percorro 
descobrindo-lhe as zonas mais sombrias 
Mas nem sabes se grito por socorro 

ou se te mostro só que me inebrias 
Amiga amor amante amada eu morro 
da vida que me dás todos os dias"

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Amo-te muito, meu amor, e tanto 
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda 
depois de ter-te, meu amor. Não finda 
com o próprio amor o amor do teu encanto. 

Que encanto é o teu? Se continua enquanto 
sofro a traição dos que, viscosos, prendem, 
por uma paz da guerra a que se vendem, 
a pura liberdade do meu canto, 

um cântico da terra e do seu povo, 
nesta invenção da humanidade inteira 
que a cada instante há que inventar de novo, 

tão quase é coisa ou sucessão que passa... 
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira, 
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça. 

- Jorge de Sena, in “Poesia, Vol. I” 
Há momentos em que me sinto estúpida. 
Amaldiçoo esta minha falta de jeito, a minha preguiça e a minha desorganização. Não gosto de ser a confusão em forma de gente, mas não sei de que outra maneira ser. Não estou habituada a ser diferente e mesmo com vários anos de terapia intensa e exaustiva não vai ao sítio. É assim...
Mas gostava que não fosse. Num mundo perfeito, podia ser uma estudante exemplar com apontamentos organizados, uma caligrafia bonita, estudos e leituras feitos em bom tempo, nunca sob pressão nem no último minuto tolerável; podia ser uma filha e irmã exemplar, não responder torto, fazer o que me mandam, já ter aprendido a cozinhar, telefonar de vez em quando e partilhar as angústias do dia-a-dia à mesa do jantar. 
Podia também ser uma namorada exemplar e uma amiga dedicada, mas às vezes falho. Porque estou tão enlaçada em tramas interiores que não me largam. Por dúvidas existenciais que me atam os pés e me fazem cair. 
É complicado e eu ainda estou a aprender a andar, a livrar-me da falta de jeito e toda esta minha descoordenação. Quero passear-me primorosamente por aí, com a elegância de saber viver e aproveitar todo um mundo, mas os caminhos às vezes têm pedras e ando aos solavancos.
É preciso ter paciência comigo. Eu não faço por mal, juro, estou a fazer o melhor que posso dadas as minhas circunstâncias e limitações (a estupidez) naturais. É só bocadinho de paciência...