quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

E não consigo deixar esta tristeza para trás, esta mágoa, a desilusão, mesmo que não valha a pena e seja imerecida, que é, sei perfeitamente que não merece mais do que o voltar as costas e ir à minha vida.
De qualquer das formas não consigo deixar de me sentir triste e está a ser muito complicado relativizar, pensar que podia ser pior, pensar que isto já estava para acontecer há muito, eu estava em negação ou iludida, ainda não consegui decidir qual dos dois estados é pior.
De qualquer das formas a minha cabeça está um caos. Porque tudo isto me é perfeitamente irracional. Não faz sentido. É estupido. É uma completa parvoíce. Mesmo assim não consigo deixar de sentir que o chão me fugiu debaixo dos pés e eu dei assim um valente trambolhão. A pensar que a minha vida estava orientada, tinha um propósito e sabia com o que contar para agora perceber que não, afinal não era bem assim. A minha cabeça está um caos e eu não me consigo orientar outra vez, porque não consigo parar de pensar. O que me mata é o pensar, esta mania que eu tenho. Analisar, comparar e concluir que não faz sentido e que eu no final de contas estou sozinha, tal como me sentia há 5 anos atrás. E eu jurei que nunca mais me deixaria sentir tão desesperada e bater no mais fundo do fundo daquele poço. Mas desde aí não sentia tão profundamente a solidão incognita de quando estou sem conseguir adormecer às 5.30 da manhã a pensar em como está a minha vida. E eu sei que estou a ser terrivelmente injusta (também sei que provavelmente este texto não está a fazer sentido algum) para aqueles que nutrem determinado e certo afecto por mim e realmente se preocupam como vai indo a minha vidinha, sei que não estou completamente sozinha e abandonada no mundo, mas agora é um bocado isto que sinto. E não, não consigo relativizar, "se calhar não é bem assim, Diana Catarina, estás a exagerar, não penses nisso agora que fazes pior", não consigo. Só sei que me sinto terrivelmente angustiada por algo completamente estupido, mas que me está a foder a vida, a deixar-me de rastos e a cabeça num caos.
Tenho medo do que virá. Acima de tudo tenho medo da evolução desta coisa que estou a sentir, de um vazio que aos poucos se enche ainda mais da mágoa e desilusão de saber que podia não ser assim e que eu podia estar alegre e contentinha da vida, mas que agora estou mas é fodida com a vida e uma desgraça.
E o que eu preciso neste momento não são palavras de compreensão, mas ouvir um "que se foda, vamos beber um copo e pões-te fina numa instante".

2 comentários:

  1. ola. o que tens a fazer não é fugir da vida, tens que enfrentar a vida cara a cara resolver o que a vida nos dá de mau, porque no final tudo tem uma mensagem por isso não deixes nada pendente no passado porque ira voltar aparecer no presente que vives neste momento. Entendes?

    P.S.: BOra beber uma copo para o bairro hoje :P
    tenho blog. bj

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  2. Olá. o pior é quando temos os problemas a modos que resolvidos, mas a tristeza permanece e a desilusão não se apaga com uma conversa...
    eu percebo perfeitamente o que queres dizer, mas às vezes é díficil sentir que seguimos em frente, and we're really moving on.,,

    e obrigada pelo convite, mas acho que me fico por casa, hoje :P
    mas obrigada pelas palavras*

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