quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2010 em Tópicos

  • fiz-me à vida;
  • acho que disse as palavras mais bonitas que alguma vez disse a alguém e não me arrependi;
  • acho que também ouvi das palavras mais bonitas que alguma vez alguém me disse;
  • sorri muito;
  • ri muito, assim mesmo às gargalhadas;
  • ouvi o "não" mais doloroso da minha vida;
  • descobri uma nova forma de ter o coração esfrangalhado;
  • senti toda a tristeza que um coração esfrangalhado provoca;
  • sobrevivi a um coração esfrangalhado (palmas para mim);
  • usei e abusei do ombro do André;
  • usei e abusei da boa vontade do André, meu toblerone de chocolate e mel;
  • descobri em pessoas que sempre estiveram lá amizades fortes e inesperadas;
  • Porto;
  • acabei o secundário com uma média mais ou menos decente;
  • consegui arranjar maneira de ir para a rua pela primeira vez em 12 anos a meros 4 meses de acabar o secundário;
  • Alive!'10;
  • entrei para o curso que queria na faculade que queria;
  • fui praxada e gostei;
  • amigos foram e amigos regressaram para não sair mais;
  • amigos fiz;
  • continuo pessimista mas lá no fundo agora sei que se eu quiser vai tudo correr bem;
  • aprendi a relativizar;
  • sobrevivi a HTEP (!);
  • arranjei maneira de ter uma nota decente na primeira frequência de HTEP mesmo tendo um concerto na véspera;
  • pensei em dedicar-me à medicidade;
  • TheWalkmen e a epicidade do Lisbon em Lisboa;
  • cresci;
  • recebi mensagens que me fizeram sorrir;
  • recebi mensagens inesperadas;
  • despedi-me de 6 anos da mesma rotina diária para começar uma nova;
  • disse adeus ao sítio onde fui tão feliz;
  • cortei o cabelo mais curto;
  • Alentejo;
  • muitas viagens entre Lisboa e Castelo Branco;
  • dancei tanto sob a influência como sóbria;
  • descobri os encantos do gin tónico (bom bom bom);
  • descobri os encantos da sangria;
  • atingi a maioridade;
  • recensei-me;
  • participei em workshops de escrita criativa com escritores um tanto ou quanto "únicos";
  • até que escrevi textos bonitos;
  • escrevi textos lamechas ("mas oh Manel estamos na cozinha e a aparelhagem está na sala, como é que tu queres dançar?!");
  • conheci o António Lobo Antunes e disse-lhe o quão importante ele era para mim;
  • apertei a mão ao António Lobo Antunes;
  • li livros extraordinários;
  • comecei a ler livros integralmente em inglês;
  • comecei a levantar-me às 6 da manhã para atravessar o rio e ter aulas às 8;
  • aprendi muito sobre as continuidades e rupturas da configuração da Administração Central e Periférica;
  • cheguei a pensar que Economia nem é assim tão má;
  • revoltei-me;
  • vi bons filmes (Where the Wild Things Are ♥);
  • chorei com bons filmes (Where the Wild Things Are ♥);
  • Verão em Albufeira;
  • panquecas para o pequeno-almoço de regresso;
  • American Diner;
  • praia e piscina;
  • chorei no último episódio do Tonight Show with Conan O'Brien;
  • e sim, passei a odiar mesmo o Jay Leno;
  • dei pulos de alegria quando soube que o Conan ia voltar;
  • não gostei quando o Saramago morreu;
  • não gostei que o Cavaco tenha ficado nos Açores em vez de ter posto os pés nas cerimonias funebres do Saramago;
  • nunca trabalhei tanto como neste ultimos 3 meses;
  • nunca estudei tanto como nestes ultimos 3 meses;
  • arranjei maneira de ter uma nota decente no exame de História;
  • revoltei-me com a correcção do meu exame de Português (correctores agarrados de primeira);
  • fiz parte do Conselho Pedagógico da minha escola, porque aparentemente eu sou bué responsável;
  • Parlamento dos Jovens;
  • fiz campanha com um megafone nas mãos a tocar o We Will Rock You;
  • mesmo com os rebuçados (bons, que eram flocos de neve) perdi as eleições;
  • tive um encontro com um senhor muito estranho num café no Montijo aquando a sessão distrital do Parlamento dos Jovens (o senhor não gostou dos meus collants verdes: true story);
  • conheci deputados (comunistas, mas mesmo assim...);
  • trabalhei num jornal de parede e odiei;
  • descobri que não nasci para ser jornalista (eu já sabia, mas assim tive a certeza);
  • chorei (muito) com o video que nós fizemos para o jantar na fragata;
  • passei a ter medo de mulheres com cabelos brancos (podem ser a stora de AP a pedir para tratarmos do editorial);
  • aprendi que dizer o que penso não é mau;
  • aprendi que dizer o que sinto é saudavel e não tem consequências tão nefastas como eu esperava;
  • aprendi que fazer o que quero e realmente me apetece é muito bom;
  • aprendi que viver com medo de dizer e fazer o que me está no coração não é viver;
  • mas acima de tudo, consegui cumprir a resolução de ano novo e fazer de 2010 um ano do caraças.
E olhando para isto tudo, 2010 foi um bom ano. Muito bom. Mesmo que o meu coração tenha sofrido tanto e tão profundamente tal como nunca havia antes.
2010 foi um ano em que cresci muito e crescer quase nunca é sinónimo de felicidade. Mas apesar de tudo isto, levo deste ano um coração cheio de alegrias, já bem recomposto e num lugar melhor que há um ano atrás.
Portanto meus amigos, façam da vossa vida aquilo que querem que ela seja, porque somos os únicos capazes de fazer de cada dia o melhor de sempre. Que a passagem de 2010 para 2011 traga um novo folêgo e uma nova energia para fazerem tudo aquilo que sonham.
Este vai ser O ano, sim?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

18 anos e meio de vida. Parabéns para mim.

Apercebi-me que hoje, 27 de Dezembro de 2010, faço 18 anos e meio de vida.
E sinto que a minha vida está a acabar, que daqui a nada me vou deste rico mundo sem metade das coisas que queria fazer feitas. É o peso da idade, é o fardo dos anos. Não gosto disto. Parece que ainda não fiz nada da minha vida e mesmo sabendo que em retrospectiva fiz dela uma coisinha boa e que tenho o coração cheio começa a sobrevoar-me uma melancolia que daqui a nada é deprimência: é dar-lhe tempo. Se há quem tenha destas crises aos 40 e 50, eu tenho-as aos 18, sempre fui uma criança muito precoce, já sabia da existência da letra A aos 4 anos e sempre me senti uma old soul as they say.
E sinto que tenho uma catrefada de assuntos para tratar antes de me ir e que agora o tempo escasseia. A conciência que tenho da sempre presente efemeridade da vida mata-me. E acaba por ser um círculo vicioso, na ânsia de tanto querer fazer, tantos sonhos e tantos planos (uma mania terrível que encontrei para lidar com os imprevistos que invariavelmente acabam por acontecer) chega-se ao fim do dia com a sensação que nada foi feito. E há tanto para ver, para ouvir, para descobrir, para ler, para aprender e apreender... E não há tempo. A vida é curta e há outras responsabilidades, outros fazeres e coisas que tais. Mata-me. Só posso aguentar e tentar fazer da minha vida o que quero que ela seja.

Portanto, faço hoje 18 anos e meio de vida e dizem que tenho a vida pela frente, mas eu sinto-a cada vez mais escassa. Tenho 18 anos e meio e ainda não fiz metade do que quero fazer.
Faço hoje 18 anos e meio de existência. Parabéns para mim.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

E um Feliz Natal para vós, minhas ternurinhas ternurentas!


(...)
assustaram-me com um velho
eu tento distinguir o bem do mal
mas se a mãe é que decide sobre o meu comportamento
que se lixe o Pai Natal

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Diz que é Natal...

O meu espírito natalício este ano anda pelas ruas da amargura. O que é grave.
E ainda é cedo para andar a mandar mensagens de Natal.
É esperar que algum espírito natalício se abata sobre mim a tempo da noite das prendas e da Missa do Galo: ouvir o senhor padre é sempre bom para apossar uma pessoa de uma extraordinária aura natalícia.
É isso e enfardar filhoses...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Relatório do 4º dia de férias*

Acordei eram nove da manhã, o que para mim estando de férias é como acordar às 6 da manhã num dia de aulas. Estava frio e a cama estava quente, armada com a bela da botija de água quente e tudo, pelo que o levantar demorou uma boa meia-hora: "ai que me levanto, ai que está frio, espera aí mais um bocadinho, mas há compras de Natal para fazer, ai que a árvore de Natal ainda nem feita está, tem de se comprar que eu não quero contribuir para a desflorestação das matas, ai que até já tenho fome, mas ainda não consigo comer, ai que o raio da tonta de quatro patas saltou para o monte de cobertores (tive a conta-los e são 5) que me fazem tanto peso em cima dos meus singelos 47 quilos e 163 centimetros que não me consigo mexer, e agora está ela a tentar entrar lá para o meio (sim, porque ela escava o monte de cobertores para lá se enfiar de baixo, a tonta), pronto tenho mesmo de me levantar." O meu dialogo interior foi mais ou menos assim, demorou meia-hora devido à minha baixa capacidade de raciocinio matinal.
O carro demorou a pegar: "ah que isto é do frio, demora o motor a aquecer". E quando lá começa a trabalhar, encaminha-se para a vila para beber o café e um pastel de nata. O café era mau, é Sical, já devia saber, mas aparentemente são os maus que mais me despertam (é tramado) e agora os pasteis de nata, assim como todos os bolos com creme, têm a mania de não terem um creme tal qual como eu gosto, como o dos palmiers recheados do café em frente à escola. E eu sou muito esquisita com artigos de pastelaria.
Alimentada e desperta dentro dum carro que agora sim não quer dar mesmo de si, vá de chamar os bombeiros, queridos, que empurram o carro pela estrada, vão com ele para uma ribanceira e só ao fim de demasiado tempo e lá para o fim da ribanceira começa a trabalhar. "ah se eu fosse a ti já não ia com ele para lado nenhum, dava ai umas voltas com ele e estacionava-o num passeio inclinado"
Oh que caraças!

Portanto, balanço à produtividade do dia: acordei cedo para nada, bebi café (mau) para nada, sem árvore feita, sem prendas de Natal, ainda fui à vila outra vez a pé (que cansa, muito) encomendar filhoses, e vi a vida a passar-me pelos olhos por umas duas vezes, com o carro a fazer barulhos estranhos.
Eu não sei do povo, mas conheço alguem que quer comprar um carro novo.
____________
*ou de como ia quase morrendo duas vezes e ainda nem era hora de almoço

domingo, 19 de dezembro de 2010

Era tudo o que eu precisava de ti

E soube bem. Especialmente, porque percebi que passou ser a tal saudade boa. E que no final de contas, permanecemos. A falta que sentia era esta.
Era tudo o que eu precisava.

sábado, 18 de dezembro de 2010

FÉRIAS!

E que belo começo.
(eu não estou a escrever isto sob o efeito de sangrias e afins. juro.)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pela Virgem Santissima

Exausta. Preciso de férias e de sentir que é Natal.
Preciso de saber que vai tudo correr bem e não andei a matar-me a trabalhar em vão para um resultado miserável.

E que a tarde de sexta chegue rápido. E que a noite de sexta tenha bebidas divertidas para me fazer esquecer o corporativismo do Estado Novo, o Estado Providência no período marcelista, as Administrações Centrais e Periféricas, a crise de 1890, as forças profundas da política externa portuguesa, os conceitos de neutralidade durante a II Guerra Mundial, a guerra Anglo-boer (tãaaoo linda), as economias de escala e mercados concorrencias e monopolistas, PIB's pela optica da despesa e da produção, PIB's per capita em paridade de poder de compra, V de Cramers e Rós de Spearmen, testes de qui quadrado, metodologias e  outras coisas que tais. Mas só por um bocadinho, porque depois preciso disto para as melhorias em Janeiro.
Mas férias: preciso de férias. Agora.

domingo, 12 de dezembro de 2010

São quatro da manhã e acabei agora a recensão. Esta foi mesmo tirada a ferros. Estou a ouvir B- Fachada e a pensar que se calhar morria por ele.
Na televisão já estão a passar as televendas. Estão a publicitar a pulseira do equilibrio, acho que já repetiram o mesmo anúncio umas três ou quatro vezes seguidas. Aparentemente há quem precise de duas ou três ao mesmo tempo para se sentir mesmo bem equilibrada. Num canto está um mocinho a escalar uma montanha (a sério) e noutro canto está um casal, calculo que num momento de paixão intensa por causa da pulseira, só mesmo por causa da pulseira porque antes o marido não lhe ligava nenhuma e agora está a beijá-la ardentemente. São quatro e seis da manhã agora e o anúncio ainda está a dar. Agora mostram imegens da selecção. Sim, porque se o Cristiano Ronaldo as usa é porque são mesmo cool.
O casal continua em grande clima de paixão, estão a passear de mãos dadas. Romântico. A culpa é da pulseira. Quem diz que o romantismo morreu é porque não tem uma pulseira destas.
São quatro da manhã e eu devia estar a dormir. Acabei agora a recensão que já devia estar feita desde ontem. Enquanto uns estão a viver grandes momentos de paixão - e falo claramente dos moços do anuncio da pulseira do equilibrio - eu estou aqui, a ver televendas, com o História de Portugal em cima da mesa, os textos de HRIP espalhados, canetas e marcadores fora do estojo, o caderno aberto nos apontamentos que tirei das aulas sobre a neutralidade portuguesa na II Guerra Mundial. (Agora estão a dançar. Juro que este anuncio já passou mais de seis ou sete vezes seguidas). Sinto-me muito intelectual perante este cenário.
São quatro e quinze. Está agora o Godinho a cantar. Vou aproveitar o embalo e ir dormir.
Até amanhã.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"'cause I don't wanna get over you"

E quando penso que já foi, já passou, percebo que não. Foi engano, falso alarme. Aquela réstia de tristeza permanece - encontrou-me e não se deixa iludir - em cada veia e artéria quando o meu coração foge para o pensamento do que foste.
Pensei, "acabou", mas afinal não. Ainda cá estás. E doi, mesmo que seja um bocadinho menos. Ainda cá estás. A impressão no coração do meu colar.

(...)
Don't leave my hyper heart alone on the water
Cover me in rag and bone and sympathy
'Cause I don't want to get over you
I don't want to get over you.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"'Oh! to be sure,' cried Emma, 'it is always incomprehensible to a man that a woman should ever refuse an offer of marriage. A man always imagines a woman to be ready for anybody who askes her.'
Emma, Jane Austen

domingo, 5 de dezembro de 2010

NO, DOBBYYY, NOOOO!

É por isto que uma pessoa antes de ir ver o filme tem de ler o livro, senão sai da sala de cinema com o coração dilacerado. E agora? E agora quem é vai salvar o Harry Potter e os seus amigos? Quem?!
Estou triste. O Dobby era uma criatura adorável. Não merecia. E uma pessoa tem de se preparar para tal evento, senão pode ser muito traumatizante. Tive assim de começar a chorar. Triste. Muito triste.
Mas nem tudo foi mau, até porque o ver o Harry em tronco nu equilibra qualquer patifaria que façam ao fofo do Dobby. E que visão, meu deus. Gostei, mas tenho de fazer um reparo: ele atira-se ao lago - frio, gelado, que tonto - ainda com os oculos, ele tira tudo, e quando digo tudo é tudo, menos as vestimentas intimas... menos os oculos. Quem é que se atira a um lago com os oculos postos? Esperam que estivesse tudo a apreciar a bela da fisioniomia do moço e ninguém reparasse? Eu também não reparei, até ele se começar a debater lá em baixo e com os oculos na cara... Enfim, estou disposta a ultrapassar este facto pela visão do Harry Potter, crescido, giro e fofinho sem camisola... Para o próximo quero mais cenas destas.
Mas é estranho - e bom, muito bom - ver o Harry Potter assim grande, porque ao fim ao cabo cresci com ele. Ainda me lembro de ir ver a Câmara do Segredos ao cinema, e acho que o Prisioneiro de Azkban, ou lá como se escreve, foi o último filme que vi no cinema da Academia, antes de o fecharem. Olhar para eles todos e ver como eles estão crescidos é um pouco como olhar para mim e o quanto eu cresci também e os nossos problemas se tornaram mais maduros. E ir ve-lo é tradição, um rito já...
E este filme está porreiro. Deu-me muita vontade de ir ver o último.
Oh Harry, Harry... a nossa viagem (e o nosso secreto love affair) está quase a acabar...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O mais dificil é começar

A parte mais dificíl de escrever um texto, qualquer texto, é começar. Saber o que dizer nas primeiras linhas, quais vão ser as primeiras palavras, como começar...
Eu neste momento devia estar a escrever a primeira das recensões de HRIP que, aliás, já devia estar feita há que tempos. Mas adiei. E agora que tenho mesmo de a fazer, porque o prazo de entrega está próximo e ainda tenho de fazer a segunda recensão e tenho de estudar e fazer outros trabalhos. Portanto, era mesmo muito fixe que eu a conseguisse fazer hoje ou pelo menos começa-la. Mas não sei como. Por isso desmotivei e agora não me apetece nada fazer coisa alguma.
Mas o início é o mais complicado, depois as palavras começam a fluir. Até ao momento em que param outra vez e depois são mais duas horas até que consigo recomeçar o texto. E isto é veridico, já cronometrei e tudo. Desde que comecei a ter de escrever para a escola, fazer trabalhos, textos, que demoro imenso tempo a concluir o texto mais simples. É algo crónico, parece-me, há doze anos que é assim.
E tenho agora a recensão para fazer e não me apetece nada: desmotivei porque não sei como começar e o começo é o mais importante, é o que vai determinar como o resto do texto vai correr. São aquelas palavras iniciais que decidem tudo. É a primeira impressão. E as primeiras impressões são tudo.
Também acontece lembrar-me de frases incriveis e ter ideias extraordinárias para os textos sempre nas alturas mais inoportunas: no banho, por exemplo, acontece muito, à hora do jantar, na cama a tentar adormecer. É terrivel.
Eu devia, portanto, estar a escrever uma recensão critica sobre um capitulo de um livro sobre a entrada de Portugal na I Guerra Mundial, e o excerto é bom, fui eu que o escolhi, mas não consigo, porque não sei como começar. Pelo autor? Pelo contexto histórico? Da guerra ou de Portugal? Se calhar começo como o Cobain naquela música: I'll start this off without any words... Faço um momento de silêncio pelas vitimas da grande guerra. Ou então deixo isto de lado e vou ler, vou ler a Emma que agora começou a fazer o retrato da Harriet. Ou então vou ver o CSI. Ou então fico aqui no escuro a ouvir o Johnny Cash, que me apetece. Ou então continuo com a página do Word à frente, a sentir-me culpada por ter de estar a preencher a página em branco com caracteres e ela permanecer inalterada.
De qualquer das formas, vou continuar com frio, porque o meu quarto agora tem a mania que é dos pólos e eu uma foca que aguenta as temperaturas negativas.
É que tem estado frescote, não tem? Pois...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Zezinho!

A-HA!
Eu começa a achar que as aulas que o José Rodrigues dos Santos supostamente dava na faculdade eram mito. Mas alegria ao mundo! Afinal não. O senhor existe mesmo e é mesmo docente na faculdade mais fofinha de sempre. E hoje vi-o. É verdade... tava eu a subir as escadas para a biblioteca quando ele passa por mim a descer, mesmo assim rés vés, quase ombro com ombro. Eu claro, sempre muito discreta, só me virei para trás e sussurei a quem ia comigo: "oh meu deus era ele não era? oh meu deus, zezinhoooo!". Foi mais ou menos isto, mas a hiperventilar.
Eu, confesso, desenvolvi uma serious crush ao longo dos tempos por ele, é uma tara que eu tenho, gosto de moços que me pisquem o olho, já me meti em muitas alhadas à conta disto, mas não há nada a fazer, há qualquer coisa no piscar de olho que me deixa estarrecida. E ele, então, elevou o piscar de olho a arte.
Mas eu continua a achar que ele está zangado comigo. E estou muito triste. Acho que ele ainda não se refez (mas a sério, fofo, esquece isso, a vida continua, eu continuo a ver e a gostar muito do teu telejornal, especialmente quando o abres  dizer: "o cenário é negro!" estamos todos na miséria, vamos todos morrer - a parte do morrer e da miséria estava implicita), ele passou muito rápido, não deu tempo para pegar em mim e dizer-lhe que ele é um querido, quando dei por isso já ele tinha desaparecido. Será que foi almoçar? Na cantina reles ou na burguesa? No outro dia vi a sair da burguesa o outro jornalista, o das reportagens da SIC, também gosto dele, mesmo que ele não me pisque o olho.
Lá está, ninguém o fará melhor que o meu Zezinho, não é verdade?

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A proposito mas que não tem nada a ver, nesta mesma tarde descobri que o Martines arranjou maneira de dar positiva (um 12! uh uh!) ao teste mais horrível de sempre, sem contar com Estatistica, aliás estão os dois muito equiparados no que diz respeito a horribilidade, aka o de Economia, sim, o mesmo que me fez chorar desalmadamente e perder o sentido da vida.
Estamos bem, portanto.