quarta-feira, 31 de março de 2010

I'm Getting Good At This

O pior de sonhar é acordar na manhã seguinte e perceber que foi tudo um sonho: nenhuma das palavras que disse, nenhuma das palavras que ouvi foram realmente ditas, perceber que nada mudou e tudo não passou de uma produção do meu inconsciente.
E o pior de tudo é lembrar-me dele, do sonho e de tudo aquilo que podia ser mas não o é - por imposições do destino, por teimosia terrestre ou pelos desencontros da vida.
Mas assim se vai vivendo... Pior seria se não conseguisse sonhar de todo.


"não queiras saber o que eu já pensei de ti
na negação da tua ausência fui esgotando a minha lista
e o que eu ganhei
tanto quanto eu sei
são noções pra viver sem ti"

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pois diz que...

... estamos de férias.
"Ah e tal Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou!!" Pumba, toma lá duas semaninhas sem fazer nada, de papo para o ar e a enfardar amêndoas para aprenderes a não voltar à vida tão cedo. Mas a gente gosta, mesmo que haja trabalho para fazer, é senso comum que não ser feito, que é para depois o stress começar logo na primeira semana de aulas... Mas isso é o menos, porque depois vêm as férias de Verão e os meus anos, essa tão importante data nos nossos calendários, para a qual já só faltam 93 dias.
Mas pronto, diz que estamos de férias e lá vou eu ter de fazer as malas e ir enfiar-me no meio da serra, o que me custa taaaaantoooo, mas taaaanto - ir e ficar para lá a rebolar, cama para a sala, enfardar, ver tv, dormir...
Realmente, isto não se faz a ninguém.  

quarta-feira, 24 de março de 2010

Socas

Dá-me impressão que nesta Primavera vamos ser grandes amigas... Ah pois que vamos.

E qual é a coisa...

... que uma pessoa como eu mais gosta de ouvir no médico?

Qualquer coisa como:
"Oh piquena não te preocupes e toma quantos comprimidos forem necessários... É sempre melhor do que tares para aí a morrer..."

M-A-R-A-V-I-L-H-A

segunda-feira, 22 de março de 2010

Descoberta Primaveril

Para começar bem a Primavera e a semana...



Quiet little voices creep into my head,
I'm young again.
...
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E o sotaque meu deus!, o sotaque... É por estas e por outras que estou tentada em emigrar para a Escócia...

sábado, 20 de março de 2010

E o Porto foi...

... "I Don't Want to Miss a Thing" dos Aerosmith logo assim de manhãzinha no autocarro; ter contacto com a hospitalidade portuense assim que se chega; atravessar a D. Luís para ir à Pizza Hut e descobrir que a casa de banho já não é a mesma que era há três anos; descobrir o sítio onde me vou casar (é que já me estou a imaginar a atravessar o salão árabe do Palácio da Bolsa com um belo de um vestido de tule); subir e descer colinas com vistas bastante interessantes; a ternura da pousada onde ficamos; perder para o André no PES (eu continuo a dizer que não vi segundo golo nenhum); andar de quarto em quarto, de poiso em poiso; aparecer de surpresa no quarto do André e perguntar-lhe pela vida amorosa dele; finalmente assentar no nosso quarto e ter a stora de Hist 10 minutos a bater à porta; a tentativa de se dormir mesmo com a fenda nas camas que a Alice cada vez que se mexia abria; sonhar que estavamos no Porto estando no Porto; acordar com as ondas a baterem, forte, fortemente; descobrir que o André ressona; Serralves; atravessar a D. Luís para ir à procura de almoço na Ribeira; encontrar e ficar no restaurantezinho, possivelmente com o empregado mais incompetente do Porto; anúncio ao ketchup; apanhar chuva; correr pela ponte D. Luís com a "Fake Empire" a tocar na minha cabeça; responder num sotaque espanhol muito manhoso à pergunta de um turista; encontrar o Harry Potter nas caves do Ferreira; um brinde com vinho do Porto; três pessoas sentadas num lugar onde claramente só cabiam duas durante uma viagem de três horas e meia; filme manhoso de terror onde toda a gente morreu, eu matei a Alice e depois acabei maluca; cantar a "Always" dos Bon Jovi aos altos berros; cantar e gesticular ao som da "YMCA"; filme manhoso, que não percebi se era mesmo de acção ou se era a gozar; chegar a Almada e saber que esta é a última semana de aulas (ainda não consegui decidir se isso é bom ou mau)...
... e desfazer as malas, completamente estafada para adormecer como um velha, ainda não era meia-noite, no sofá.



E que bom que foi.

quarta-feira, 17 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Quero ir a Buenos Aires...

...e contigo dançar um tango numa noite quente de Dezembro.



...
El día que me quieras
la rosa que engalana,
se vestirá de fiesta
con su mejor color.
Y al viento las campanas
dirán que ya eres mía,
y locas las fontanas
se contaran su amor.
...

sábado, 13 de março de 2010

Uma pessoa sabe que não está boa da cabeça quando...

... no meio da novela começa a cantar Ágata aos altos berros.

POR ISSO SAAAAAAAIIIII
SAAAAIIII DA MINHA VIDAAAAAA

Oh Alice, Alice...

O filme vale a pena por cinco razões:
1- 3D
2- Johnny Deep
3- O mundo criado por Burton é fenomenal - a cinematografia está extraordinária. Óscar com ele, já.
4 - Helena Bonham Carter
e...
5 - Sim, o Johnny Deep

Ah! e já mencionei o Johnny Deep?? Ele está uma ternurinha ternurenta que só visto...

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Alice: This is impossible.
The Mad Hatter: Only if you believe it is.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Untitled Love Story

And then he said:
"I think I'm in love with you"
She turned and looked at him. She gave him a compromising smile and let her eyes wander away in the city ahead.
"Ever since I saw you in that red coat of yours, standing in line, looking at a little piece of paper 'till you finally notice me"
He looked away and saw the reflection in the river of those same seemigly ancient buildings. She liked when they were both looking in the same direction or in the same street, even if a few paces away, listening to the same sounds.
"Love is a complicated thing"
She said.  
"It starts with a little flame inside you until it goes off and becames a wild thing; it moves quickly and it burns, burns, burns 'till there's nothing left standing"
He took a moment, and then finally answered:
"Then, I think I'm on fire" 

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To Be Continued...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Senhores Casais que Acham Bonito Casarem-se a Um Sábado:

eh pah, não se importam de ir buzinar para outra freguesia??? A sério...
Eu sei, eu compreendo perfeitamente que sim! vão ser vocês a enganar a estatística e essa belissima união - aposto que são os dois uma ternura de pessoas, perfeitinhos um para o outro - não vai acabar em divórcio daqui a três anos. Sim! Vão ser vocês aqueles a provar que a santidade do casamento continua intacta e para durar. Tudo muito lindo, muito fofinho e ternurento "ai que te amo tanto, mor"...

É que há quem goste muito de dormir aos sábados de manhã - tipo, sei lá... eu - e as vossas buzinas - símbolo evidente da vossa união para todo o sempre e eternidade - matam um bocadinho o esquema. E depois eu acordo rabujenta e isso não é bom para ninguém... Pois que não é, não senhor.

Estamos conversados?? Prometem que daqui em adiante só se casam lá para o pôr do sol?? Good. Até é mais bonito e tudo...

A modos que...

Rachel McAdams in Elie Saab

Vera Farmiga in Marchesa

... são lindos de morte.

E já só faltam 111 dias para esse dia tão especial que é o da da celebração da minha vinda ao mundo: era tão bonito passa-los enrolada a este Marchesa da Vera Farmiga e com um George Clooney ao lado. Mas se não puder ser... eu contento-me com o vestido. Lindo...

sexta-feira, 5 de março de 2010

i'mNOTthere

"Narrator: There he lies. God rest his soul, and his rudeness. A devouring public can now share the remains of his sickness, and his phone numbers. There he lay: poet, prophet, outlaw, fake, star of electricity. Nailed by a peeping tom, who would soon discover...
Jude: A poem is like a naked person...
Narrator: - even the ghost was more than one person.
Arthur: ...but a song is something that walks by itself."



quinta-feira, 4 de março de 2010

Absurdo

O voto é um do principais direitos democráticos, além de ser uma das formas de participação política por excelência (não é a única, mas uma das mais comuns e relativamente acessiveis).
E por essa razão, a minha indignação é tão grande quando propostas de reduzir propinas a alunos que demonstrem uma maior propensão para terem uma consciência cívica e que votem nas eleições escolares surgem. Simplesmente, porque é absolutamente absurdo. 
O voto é um direito e um dever numa sociedade democrática, logo não deverá envolver contrapartidas de qualquer tipo: mas mesmo de qualquer tipo. E ponto final.
A recompensa do voto deverá ser precisamente o voto em si: o facto de se contribuir, de se participar, de se ser útil à sociedade. E o resto é conversa.
Tirar partido de questões monetárias para se reduzir a abstenção não resolve o problema, mas antes conjura outro: o tipo de cidadãos que se estariam a criar. Que tipo de cidadão será aquele que vai exercer o seu direito ao voto, por receber compensações? Que espécie de consciência democrática e cívica irá ter? Que valores lhe serão incutidos?

Só o facto de serem precisas manobras deste tipo para fazer com que as pessoas participem na vida política é, no mínimo, lamentável...
E sim, estou extremamente indignada...

Sobre a Minha Agora de Vez Acabada Carreira de Deputada

Eu podia escrever muitas palavras sobre toda a experiência que foi participar no Parlamento dos Jovens: podia dizer que foi muito divertido, mesmo com todas as atribulações que o acompanharam, podia dizer que foi extremamente interessante e bastante enriquecedor. Podia até dizer que me deixou pasma com certas coisas... e tudo isto seria verdade.

Um dos maiores problemas que a nossa República enfrenta é, acima de tudo, o desinteresse que as pessoas parecem assumir em relação a qualquer assunto que se relacione com a política, principalmente os jovens. Por isso, a abstenção no nosso país é tão elevada: as pessoas não se interessam e não têm a verdadeira consciência desta acção, ou falta dela; as pessoas não compreendem o verdadeiro impacto que podem ter na política de governação, fala-se sempre mal, mas apresentar alternativas viáveis, não se apresentam. Dá trabalho pensar em como vamos resolver tudo aquilo que está mal. Dá trabalho levantar o rabo do sofá a um domingo para ir votar. Dá trabalho fazer uma escolha consciente e colocar a cruzinha no quadradinho certo. Por isso, é mais fácil não fazer nada; e depois queixam-se.

E este desinteresse é o que está a deixar verdadeiramente a nossa República doente: os problemas judiciais, as crises económicas, o mau funcionamento das urgências e os problemas da educação por mais graves que sejam - que são bastante - não se irão resolver enquanto não se proceder a uma mudança de mentalidade. E essa mudança terá de partir, fundamentalmente, da sociedade civil, da nova geração, da juventude que tomará em mãos o futuro do país: porque aos velhos caquéticos que se sentam na assembleia não lhe interessa mudar - ganham à mesma os seus 3000 euros, estão de futuro garantido quando se reformarem ou quando a legislatura acabar - para eles as coisas funcionam como estão. Caberá pois às novas gerações o papel inovador, da mudança verdadeiramente acreditada; mas o que a realidade demonstra é o seu desinteresse, os jovens não se envolvem, e acima de tudo, não desenvolvem  uma consciência cívica (é praticamente preciso implorar para que eles votem na Assembleia de Escola...). E isto sim é um problema crucial, estrutural, que só será resolvido com uma grande força de vontade e visão de futuro: precisamos de parar de pensar apenas nos moldes no curto e médio prazo e planear o que aí vem, a longo prazo. Por isso é absolutamente necessário começar a fomentar e a despertar a consciência cívica de cada um desde cedo. Muito cedo. Não basta incluir no currículo de um aluno do 3º ciclo uma disciplina como Formação Cívica; não basta incluir no plano de estudos do Secundário uma área que estuda a forma como se organiza o poder, ainda que necessária. É preciso começar desde cedo a reestruturar e reformar mentalidades para que no futuro estas crianças se tornem, acima de tudo, cidadãos conscientes. E isto é fundamental; só assim haverá um verdadeiro desenvolvimento. É preciso, então, que se incluam nas actividades da escola primária, espaços de debate, espaço onde os valores democráticos e de cidadania são desenvolvidos; é preciso que se levantem questões que ajudem estas crianças, não só a perceber como funciona uma sociedade democrática, mas uma sociedade onde cada um de nós lhe é útil e necessária.
Nenhum homem é uma ilha; cada um de nós faz parte, quer queria quer não, de um movimento maior, de algo mais que nos ultrapassa, cada um de nós é parte integral de uma sociedade que precisa de nós e da nossa utilidade, para que esta se desenvolva e progrida. E isso passa, impreterivelmente, pelas questões políticas. 
Precisamos de cidadãos conscientes: para isso é preciso uma reestruturação de mentalidades. Porque o caminho que agora estamos a percorrer é perigoso. Precisamos de mudar, mas não uma mudança assente apenas no princípio de mudança: uma mudança fundamentada num princípio concreto e pensado a longo prazo, não nos podemos dar ao luxo de inventar à medida que a História passa.
Precisamos de uma sociedade, onde cada um dos seus membros estão conscientes do seu papel e estão dispostos a cumpri-lo. E isso é claramente ponto assente. Precisamos que se interessem, porque é do nosso país que estamos a falar, é do seu presente, é de honrar o seu passado, é de estarmos confiantes no seu futuro; e é, igualmente, o nosso presente e do nosso futuro e as nossas vidas que estamos a debater.

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P.S.: Se leste tudo até ao fim: Bravo!. Eu sei que às vezes consigo ser muito chata quando se fala de política e nestas questões. Mas a preocupação é real...