quarta-feira, 31 de agosto de 2011

E este tempo, hein? Está chuvoso...
(Isto da small talk, não funciona pois não?)

Este blog parece ter assumido um inesperado paralelismo com o Google+ : está aborrecido e aparentemente inactivo. O que é uma pena...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tinha tudo para resultar

Mas ler em português do Brasil tornou-se uma experiência aterradora. A edição é de '62, é Kerouac, ele neste momento está de noite perdido na meio do mato, mas pegar no livro assusta-me, algo que nunca deveria acontecer. 
É a segunda vez que paro um livro a meio e de ambas as vezes foram os meus escritores preferidos. Não estou a gostar do padrão. 
Mas sou capaz de retomar o Lobo Antunes. Pois, é isso... 

2 anos

E como o tempo passa. Nunca pensei ter tanta parvoíce para dizer. É agradecer a todos aqueles que contribuíram para que tal feito fosse possível e esperar que continue, porque isto é muito porreiro. 

Parabéns para mim!  :) 

   


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Masterchef Junior é para me deprimir não é? Visto que sou moça de 19 anos que não sabe cozinhar esparguete. 

domingo, 14 de agosto de 2011

I'm an angry bird

Descobri o Angry Birds. Estou há duas horas a jogar e o tempo passou a voar, literalmente suponho. 
Aquilo é muito giro, porque tem barulhinhos: os pássaros dizem "weeee" quando os lanço da fisga e depois quando embatem numa superfície que naturalmente os magoa (como o vidro ou a madeira ou a pedra) fazem "auch" ou algo semelhante, os porquinhos riem-se da minha inabilidade de os transformar em ar ou então quando se aleijam também. Eu respondo a estímulos auditivos, gosto dos barulhos das feiras, a roleta a girar, os carrinhos de choque, a música daquela corrida de cavalos (sabem do que estou a falar?), dos senhores a tentarem atrair clientes com rimas e trocadilhos para a roda gigante e semelhantes, portanto é natural que esteja para aqui feita tonta a lançar pássaros a torto e a direito. 
E depois compreendo porque estão os pássaros zangados: os porcos são mesmo irritantes. Eles gozam connosco e receio estar a tornar isto demasiado pessoal. O que é uma pena, porque até gosto de porquinhos, mas eles apanharam-me numa fase complicada da minha vida em que preciso de libertar a minha frustração em algo que não seja a família imediata, porque há ainda todo um Tejo entre nós e isso não é nada agradável. 

não é adorável?
mas o Red Bird é mais... oh yeah


sábado, 13 de agosto de 2011

Outras questões de timming

O meu portátil está para morrer, é vê-lo definhar. Quero acreditar que isto tudo também são saudades minhas, que com a emoção de estar longe e não lhe ter pegado por uma semana e tal se lhe dêem assim umas travadinhas bem desajustadas às minhas necessidades e paciência.
Também tem um excelente timming este...

On the road, on the run

A primeira vez que senti isto tinha acabado de ler o On the Road e a minha vontade era partir, descobrir o mundo com uma mochila às costas e afastar-me do quotidiano rotineiro.

Acima de tudo quero sentir-me esmagada pela beleza do mundo. Só isso...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"Maria corroera seriamente o seu fanatismo. Até aqui ela não tinha afectado a sua resolução, mas a verdade é que preferia não morrer. Renunciava de boa vontade, desistiria de acabar como um herói ou um mártir. Não aspirava às Termópilas, nem desejava ser o Horácio de alguma ponte ou o rapazinho holandês, com o dedo no buraco do dique. Gostaria de continuar ainda muito tempo, uma eternidade, com ela."


- Por Quem os Sinos Dobram, Ernest Hemingway

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dúvidas existenciais

Apenas há pouco mais de um ano e meio é que percebi que afinal a garagem da vizinha não era de facto usada num sentido mecânico literal. O meu mundo desabou lá por uns 3 minutos, mas uma questão premente levantou-se de seguida, vindo a atormentar a neurose e a precisar de ser resolvida antes de toda a panóplia de experiências das festas da minha aldeia este ano: quando o Quim Barreiros diz que é um mestre da culinária e sabe enfeitar a travessa e cenas e tais, ele está a falar de facto num sentido estritamente gastrónomico, não está?
A minha inocência está perdida...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vou culpar o vazio intelectual pelo estado corrente das coisas. É isso e o facto de não ter grande coisa para fazer além de pensar na vida e no que quero eu dela e acabar às 4 e meia da manhã, com o brilho da lua a entrar por entre os cortinados a reflectir na parede a madrugada, num contínuo sentimento solitário.
Mas depois amanhece e com a promessa de um novo dia tudo se relativiza e estas coisas ficam comigo.
É uma linha ténue a que separa o fundo do poço do correcto funcionamento da felicidade e eu zigazegueio entre as duas realidades, sem saber em que pé estou. A verdade é perspectiva e esta coisa do relativizar não ajuda assim tanto, porque ainda que por aqueles 30 segundos de desespero encobertos pelos lençois estou sozinha.
I'm just fucked up...
Sinto-me sempre uma rapariga bastante crescida cada vez que vou ao Pingo Doce fazer compras igualmente crescidas como iogurtes, sumo, gelado, tostas, etc. É coisa de gente adulta isto de fazer compras no supermercado. E eu gosto de me sentir assim crescida, especialmente porque é a única forma de o sentir.
Eu pensava que seria diferente (são sempre as expectativas que lixam tudo). Ou não. Aliás, acho que nunca pensei muito nisto.
Vivi a vida, sobrevivi, agarrada sempre à ideia de fazer 18 anos e entrar para a faculdade, sem pensar muito no que faria depois disso e desde então tenho vivido à base do improviso. Cheguei aos 19 sem uma ideia clara do que faria daqui adiante. Viver sem objectivos ou planos a médio e longo prazo é assustador.
Quando me perguntam onde me imagino daqui a dez anos não sei o que responder. Não sei sequer se estou cá daqui a dez anos. Nunca pensei estar aqui agora (oh o dramatismo). Mas a falta de visão de futuro é terrível e eu não convivo bem com a falta de planos e objectivos.
Assusta-me o não saber. Assusta-me ter 19 anos e ainda não ter feito nada de produtivo com a minha vida, algo de vísivel, que permaneça. É esse o meu maior medo: morrer sem ter deixado nada para trás. O não saber se para além de mim vai sobreviver algo e a perfeita consciência da efemeridade da vida.
Isto escrito parece a maior parvoíce: tenho 19, estou na fase do indeciso, tentar perceber o que vem a seguir, experimentar, errar, tentar outra vez, continuar. Mas é complicado viver sem rede de segurança e gerir o medo de me espatifar no chão, sem salvação.