quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Foi preciso esperar três anos para ter uma visita de estudo na minha licenciatura. Yuppi!
Fomos ao Parlamento. 

E depois passamos pela manifestação dos estivadores. Foi porreiro. 

Timming

Bom timming é arranjar uma bruta constipação na véspera da apresentação de um trabalho, ainda com metade dele para fazer. Entre espirros e drunfos lá se fez e a coisa até correu bem.

Ontem, para compensar o meu grande esforço académico nestas semanas, dormi umas boas 10 horas. E não pensem que fiquei a dormir até tarde, porque Diana Catarina já é na verdade uma idosa e em vez de ficar a dormir até tarde, vai dormir mais cedo, tipo 9.30 da noite, nem viu a novela. É da velhice. Mas foi um sono que me soube pela vida.

domingo, 25 de novembro de 2012


«Forget your personal tragedy. We are all bitched form the start and you especially have to be hurt like hell before you can write seriously. But when you get the damned hurt use it—don’t cheat with it. Be as faithful to it as a scientist—but don’t think anything is of any importance because it happens to you or anyone belonging to you.»
ERNEST HEMINGWAY, in a letter to F. Scott Fitzgerald"

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E acabou, pois

Foi mau, correu mal, foi horrível e péssimo e meteu lágrimas e suores frios. 
Mas passou! Acabou, c'est finit, já não há mais. 
E estou viva. Yey!

Agora só a frequência, mas essa faz-se. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

E é logo

Primeira crise existencial da semana, assim entrada à pé juntos para começarmos bem. 
E depois o pior é que a coisa se resolvia com uns copos e uma saída para "desanuviar", mas parece-me tão trabalhoso que o que me apetece é sopas e descanso (menos as sopas, uma tablete de chocolate Milka vá) e adormecer a ver televisão enroscadinha no sofá.  
É sinal da velhice? 

domingo, 18 de novembro de 2012

Histórias de Vizinhança - Parte III (ou como eu odeio os meus vizinhos)

E não que os meus ricos vizinhos do lado resolveram por a tocar um belo de um álbum de sertanejo (sim! sertanejo!) às 10 da manhã num belo dia de domingo?! E conseguir dormir com a barulheira? Pois, está quieto. No único dia em que posso dormir até mais tarde - já viram o quão aplicada estou este semestre? - é o dia em que se lembram de dar música ao prédio. 
É assim que o universo me recompensa por todo o trabalho árduo? É assim?!
Estou perturbadíssima. 

sábado, 17 de novembro de 2012

XIII

"e é preciso correr é preciso ligar é preciso sorrir
é preciso suor
é preciso ser livre é preciso ser fácil é preciso a roda
o fogo de artifício
é preciso o demónio ainda corpolento
é preciso a rosa sob o cavalinho
é preciso o revólver de um só tiro na boca
é preciso o amor de repente de graça
é preciso a relva de bichos ignotos
e o lago é preciso digam que é preciso
é preciso comprar movimentar comércio
é preciso ter feira nas vértebras todas
é preciso o fato é preciso a vida
da mulher cadáver até de manhã
é preciso um risco na boca do pobre
para averiguar de como é que eles entram
é preciso a máquina a quatro mil vóltios
é preciso a ponte rolante no espaço
é preciso o porco é preciso a valsa
o estrídulo o roxo o palavrão de costas
é preciso uma vista para ver sem perfume
e outra menos vista para olhar em silêncio
é preciso o lôgro a infância depressa
o pêso de um homem é demais aqui
é preciso a faca é preciso o touro
é preciso o miúdo despenhado no túnel
é preciso fôrças para a hemoptise
é preciso a mosca um por cento doméstica
é preciso o braço coberto de espuma
a luz o grito o grande ôlho gelado

E é preciso gente para a debandada
é preciso o raio a cabeça o trovão
a rua a memória a panóplia das árvores
é preciso a chuva para correres ainda
é preciso ainda que caias de borco
na cama no chôro no rôgo na treva
é precisa atreva para ficar um verme
roendo cidades de trapo sem pernas"
- Mário Cesariny

Semana de terror

Em pânico, porque afinal a apresentação do ensaio de Sistemas é só na quinta, e eu pensava que era já na terça. Era menos mau, porque despachava isto de um vez. Assim vou estar três dias em ansiedade e terror, porque vai ser especialmente mau. Tenho isto pronto há uma semana, algo nunca visto no planeamento académico da minha pessoa, que é daquelas que escreve bem mas é à pressão. Desta vez, bastou o pânico generalizado no seu sistema nervoso para a coisa sair.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dia do Desassossego

Isto apresenta-se-me como uma bela desculpa para interromper o meu estudo intensivo de Sistemas, escritas de ensaios e afins e percorrer Lisboa com o livro d'O Ano da Morte de Ricardo Reis na mão, visitar as exposições na Fundação e ir ao São Carlos no fim do dia. 
Tudo com entrada gratuita e livros com 50% de desconto na livraria da Fundação.

Todo o programa aqui.



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

"A morte seguiu pois pelo corredor até à primeira porta à direita de quem entra e por aí passou à sala de música, que outro nome não se vê que deva ser dado à divisão de uma casa onde se encontra um piano aberto e um violoncelo, um atril com as três peças da fantasia opus setenta e três de robert schumann, conforme a morte pôde ler graças a um candeeiro de iluminação pública cuja esmaecida luz alaranjada entrava pelas duas janelas, e também algumas pilhas de cadernos aqui e além, sem esquecer as altas estantes de livros onde a literatura tem todo o ar de conviver com a música na mais perfeita harmonia, que hoje é a ciência dos acordes depois de ter sido a filha de ares e afrodite."

- As Intermitências da Morte, J. Saramago


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A saber

Pela primeira vez na vida, Diana Catarina está a anti-bióticos. 
Tive sempre uma saúde de ferro providenciada por uma infância de ares puros da serra e portanto nunca tive problemas por aí além. Nunca parti nenhum osso que fosse, para grande tristeza minha, porque assim dava para faltar a Educação Física e eu não gostava nada daquilo. Todo o meu historial médico é bastante desinteressante e as maleitas de que padeço são sempre muito parvas, como agora. É que isto dói para caraças, mas nem para ter direito a umas canadianas, ou bengalinha, dá. 
É risível.


Adorava saber que puta pariu os horários dos metros cá do burgo. Onde é que é lógico que passem na mesma paragem três metros para o mesmo destino, com um minuto de distância temporal? "Obladi oblada, vêm de linhas diferentes", não! dois deles vêm de sítios diferentes, mas chegam à mesma hora à paragem os três! E de Cacilhas saem com 2 minutos de diferença. Dois.
Isto em hora de ponto, claro. Mas mesmo assim os metros não fazem o percurso assim tão cheios que haja necessidade de saírem quase simultaneamente, quando por exemplo meia hora mais tarde saem quando o rei faz anos e completamente descoordenados com os horários dos barcos: à mesmíssima hora que chega o barco, sai o metro e depois só volta a partir tipo 15/20 minutos mais tarde. Uma puta de uma racionalidade. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cara funcionária do McDonalds

Eu demoro o tempo que quiser a decidir que McMenu quero, tá?! Estava atrasada para alguma compromisso, era? Dado que não havia NINGUÉM atrás de mim eu arrogo o direito de poder decidir sem me sentir pressionada, porque, lá está, NÃO ESTAVA LÁ MAIS NINGUÉM PARA SER ATENDIDA A NÃO SER EU. 

Cara funcionária da Claires

Realmente, não se pode ter pior sorte que trabalhar na Claires e ter de usar essas bugigangas na cabeça. Eu é que gostava de ter um futuro e por isso não gosto de abrir guarda-chuvas dentro de portas... Diz que dá azar e eu não queria arriscar.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"and another one goes by"

Não há muito que eu possa dizer acerca de Walkmen, apenas que ontem me deram uma das melhores noites da minha vida.
E ouviram o meu pedido encarecido e tocaram esta, uma que eu já tinha perdido toda a esperança de alguma vez ouvir ao vivo por aquelas guitarras e vozes. Perfeito. 



(Ah, e ainda açambarquei uma setlist)

domingo, 4 de novembro de 2012

Quase, quase, quase



"if you want my eyes, take my eyes; they're always true. if you want my heart, take my heart; it's right here for you..." 

Diz que amanhã há disto

E para recompensar a minha exaustão intelectual e académica, amanhã há disto para alegrar o meu coração.
Vou fazer cartazes.



É andar a pão e água daqui para a frente, mas também, quem é que tem tempo para refeições com tantos trabalhos e leituras para fazer?

sábado, 3 de novembro de 2012

"Então Diana Catarina, o que tens feito hoje?"

Tenho feito muito, obrigada por perguntarem.
Já corri para apanhar o metro às 10.30 da manhã, à chuva (obrigada ao senhor que me segurou a porta) para vir para a biblioteca cá do burgo, já li textos para Sistemas, abri o documento do ensaio de Sistemas, mas não me apeteceu muito escrever (só ontem fiz duas páginas e rascunhei outras tantas, yuppi) portanto tratei da bibliografia e guardei uns pdf's, assisti a uma cena muito engraçada envolvendo telemóveis e alegadas atitudes autoritárias dos funcionários da biblioteca, passeei o Rousseau e o seu Contrato Social pelo Pingo Doce, contribui com um litro de leite e uma lata de salsichas para a Cáritas (não é muito, mas é de boa vontade), almocei salmão bem bom, voltei para a biblioteca, li umas cenas, calendarizei uns trabalhos (algo inédito na minha pessoa, atenção), requisitei um livro do Murakami e outro de poesia do Cesariny (a minha lista de livros é um tanto esquizofrénica) e agora estou aqui na biblioteca a fazer tempo para me ir embora e não parecer em vão a minha vinda (há que aproveitar até ao fim). 

E pronto, agora vou para casa. 
É de salientar que não tenho feito mais nada da vida a não ser trabalho académico, e vá ir a Ornatos o fim-de-semana passado. 
Estou um bocado exausta e a duvidar do sentido da vida; mas pronto. 
Vou arrumar as minhas coisas, antes que me expulsem com toques de autoritarismo fascizante.