sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O que eu não deixo de ter é fé nas pessoas

O teste de Economia correu mal. Muito mal. O descalabro total. Eu, está visto, fui-me abaixo. No caminho todo para a casa comecei a traçar novos caminhos para a minha vida, do tipo ir varrer ruas, ser caixa de supermercado, pedinte, tudo o que não envolva a necessidade de uma licenciatura, porque a vida académica não é para mim. E ser cidadã informada e consciente também não: se não consigo falar dos princípios básicos da economia, nem perceber o Rui Branco, como vou eu tomar decisões eleitorais e perceber o que é melhor para o país? Ora aí está... A ideia de me tornar mais uma, que anda por onde toda a gente vai e não toma decisões por ela própria passou-me pela cabeça. Tudo isto regado por uma dose aceitável de lágrimas. Sim, a volta para casa foi deveras divertida.

Mas no meio de tanta coisa má, percebi como ainda há pessoas que se preocupam até com perfeitos desconhecidos e tentam ajudar.
Na paragem do Pragal, do outro lado do vidro, eu à espera do metro a tentar sem grandes resultados conter as lágrimas e um senhor, rapaz não percebi muito bem, brasileiro por sinal, à espera do comboio. Levantei os olhos e vi-o. Ele estava a olhar para mim, desconsolado. Por gestos lá disse para eu não chorar. Limpar as lágrimas. Era demasiado bonita para estar assim, li-lhe nos lábios (aqui ele estava claramente apenas a tentar ser simpático). Perguntou-me se eu precisava de ajuda. Abismada, sorri apenas e disse que não. Não era preciso. Ele insistiu. Escreveu uma mensagem no telemovém e mostrou-ma. "Deus te ama e vai tudo correr bem. E agora não estás sozinha pelo menos até ao comboio chegar." Qualquer coisa assim, e até fez um smiley no fim. Eu não sei como reagir a tamanha amabilidade. E de facto senti a preocupação genuína de um perfeito desconhecido que não me queria ver chorar desesperadamente. Limpei as lágrimas e já não chorei mais. Era só um teste, importante, claro que sim, mas era só um teste. Acho que ele ficou a pensar que me tinha morrido alguém, que tinha descoberto que estava a morrer, ou que um namorado acabou comigo ou que fui posta na rua num qualquer lay-off de uma qualquer empresa. Mas não, senhor, foi só um teste. Um teste que conta 50% para a nota, mas um teste. Um primeiro teste. Tem razão: eu não estou sozinha e tenho quem goste de mim.
Não, não fiquei devota, não se preocupem. Mas o senhor restaurou-me a fé nas pessoas. E na divindidade delas. Daquelas que se preocupam e querem ajudar. Tem razão: Deus ama-me. Os meus pequenos deuses, as minhas ternurinhas ternurentas. O senhor que foi naquela altura o meu deus. E por isso lhe agradeço.
Já não chorei mais. A tristeza desvaneceu-se um bocadinho. O metro chegou. Acenou-me e eu acenei de volta. Cada um continuou com as suas vidas. Mas eu não fiquei igual.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Frases que ficam depois da visita ao oftalmologista

"Tu passas tanto tempo com as lentes de contacto que é uma coisa parva."

"Olhar fixo, ar condicionado, não pestenejas, não pões as lágrimas... não vês um boi!"

Aaah... é por estas e por outras que eu adoro o meu médico. Um mimo!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Hoje

Morri três vezes em HTEP e uma em MTI. Vários momentos se seguiram ao longo da tarde. É segunda-feira e já estou terrivelmente cansada. Pela frente espera-me uma recensão e a frequência de Economia. E no fim-de-semana a ver se me refugio no meio da serra para me embrenhar nas intrincadas teias dos textos e dos meus apontamentos de HTEP, que a certa altura se tornam rabiscos imperceptiveis.  
Ai vida ingrata...

domingo, 24 de outubro de 2010

Querido José Rodrigues dos Santos

Isto assim não pode ser. Quer dizer, vai uma pessoa de propósito a Lisboa para ver a apresentação do teu novo livro e descobre que afinal foi ontem. Eu sei, eu sei, que se calhar estás ainda muito zangado comigo pelas duras e críticas palavras que usei para definir o A Vida num Sopro. A parte em que disse que não sabias escrever e que era tudo muito básico e cheio de cliches de amor, e a minha parte preferida: "senti a cada página a rudeza dos lugares-comuns, dos clichés da vida e da História". - espera ainda há mais... "Toda esta previsibilidade, a pobre forma como tudo isto nos é dito constituem uma bruta decepção" .
Pronto, eu sei que fui muito má para ti. E se calhar os teus outros romances são do mais espectacular que há. E o teu génio literário é brutal. Mas repara: eu não tenho culpa de não ter sentido a magia da tua escrita. Estou até a pensar dar-te outra oportunidade no Verão que vem. Talvez que ainda requisite um livro teu ali na biblioteca...
Contudo, se continuares a fazer coisas assim comigo, eu desisto. Eu estou aberta a dar-te outra oportunidade, mas se continuares assim, meu querido, mão há volta a dar.
É que vai uma pessoa a Lisboa de propósito para te ver e, vá de aproveitar e açambarcar o cocktail, e não é que tu afinal estiveste lá, mas ontem? 
Zezinho, Zezinho isto assim não pode ser. Eu começo a pensar que estás a fugir de mim. É que nem na faculdade ainda te vi.
Meu querido, Rodrigues dos Santos: vamos dar mais uma oportunidade à nossa relação, sim? Mas tens de perceber que não posso ser só eu a lutar por ela. Eu não quero perder o teu piscar de olho no final do Telejornal. Sabes que já faz parte de mim e como ele me aquece o coração: é o meu calor da lareira numa noite fria de Dezembro. Mas tu tens de me devolver este meu empenho.

Portanto, Zezinho: da próxima vez, vais lá mesmo estar às 5 da tarde no raio da Sociedade de Geografia de Lisboa para eu bater palmas quando falares, está bem? Pronto, ficamos assim...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Exercício Psico-Terapeutico

[Aviso: este post tem um potencial altamente lamechas, melodramático e polvilhado de cliches. Quem prosseguir na leitura acabará provavelmente traumatizado: se prosseguir é, inteiramente, por sua conta e risco. No fim, não se queixem. Eu avisei.]

Eu gostava da maneira como olhavas para mim. Sinto falta de sentir o teu olhar e corresponder com um sorriso que igualmente me devolvias. Da forma como me sentia segura ao teu lado, como se numa ordem natural das coisas as peças assentassem como deviam. Da forma como podia simplesmente respirar e sentir o mundo sem ter de o uber-analisar. Era tudo mais simples sem as complexidades desnecessárias à nossa vivência. Acho que no fundo me sentia acolhida como nunca havia sido. Sem maldade ou própositos escondidos.
Contudo, tinha a perfeita noção que um dia poderias decidir ir embora sem porquê nem aviso. Não eras certo, nunca o foste. Mas eu deixei-me levar mesmo assim, o que para mim é um contra-senso. Sabes como eu gosto da certeza, no fundo de permanência. Ou talvez não seja permanência: da previsibilidade. Do saber que virias sempre à mesma hora e eu preparava-me para te receber. Até ao dia em que não. Sempre tive a perfeita noção que um dia deixarias de vir.
Mesmo assim, não contrariava a vontade de te ter: gostava da maneira como me fazias sentir. De sentir a batida do meu coração, e do teu. Sentia-o nas mãos, sentia-lhes as mudanças de ritmo e por aí percebia o teus pensamentos. Gostava da ligação surreal a alguém que não seja eu própria e completa e irremediavelmente diferente.
Caraças, o amor acaba por ser, no final do dia, egoísta: não há nada de bonito e idilico nele. Nada. Todos acabamos por nos usar uns aos outros para satisfazer as nossas próprias necessidades: a natural high que sentimos num perfeito estado de enamoração, a vontade de sermos amados e de arranjar sentido à vida. Para mim, era o desprender e a novidade de conseguir deixar alguém entrar e mesmo a medo descer ao estado mais puro e primitivo dos afectos. E continuo a culpar os químicos do meu cérebro. As reacções químicas que provocavas.
O amor é afinal de contas uma droga. E eu estava viciada... E os vícios não se explicam.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

É como se a minha vida toda até agora assentasse afinal numa falsa percepção de prosperidade, como o que aconteceu com a sociedade americana no primeiro pós-guerra mundial. A sensação de prosperidade intelectual e cognitiva que afinal era meramente especulada e baseada em créditos virtuais.
Até que um dia se dá o crash, como se deu em Outubro de '29, em que aquilo que parecia credível não o é e não passava, afinal de contas, de uma ilusão criada por quem queria acreditar que o futuro tudo de bom traria, sem consequências.
É como se a minha vida tivesse sido exponenciada este tempo todo e agora se deviam estar a vender as acções de mim, a medo e com pressa - porque, espante-se, estamos em Outubro e eu sinto um crash próximo.

Acabei de me aperceber...

... que o concerto dos Walkmen é na véspera da frequência de HTEP.
Dizem sempre que não se deve estudar na véspera, portanto vai tudo correr bem certo? E é bom haver um momento de descontracção antes de um teste importante, portanto isto vai cair que nem ginjas não é verdade? E o facto de eu chegar a casa lá para a uma da manhã para ter de acordar às 6.15 para ter teste às 8 não é relevante, pois não?

E se eu achava que já estava tramada com HTEP antes, não vai ser por agora me aperceber que o concerto é na véspera do teste que eu vou achar que estou especialmente tramada agora, não vos parece?

Pois...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E haverá algo mais romântico que uma flor para nós roubada?

O Ramo Roubado

Entraremos na noite
para roubar
um ramo florido.

Passaremos o muro,
nas trevas do jardim alheio,
duas sombras na sombra.

O inverno ainda não se foi
e a macieira aparece
de súbito convertida
em cascata de estrelas perfumadas.

Entraremos na noite
até ao seu trémulo firmamento,
e as tuas mãos pequenas e as minhas
roubarão as estrelas.

E, secretamente,
em nossa casa,
na noite e na sombra,
com teus passos entrarão
os silenciosos passos do perfume
e com pés estrelados
o corpo claro da primavera.

- Pablo Neruda, "Amor" in Versos do Capitão

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

And then her heart sadly understood and yearned:
"It's been oh so long, but my heart still get stirred at a glimpse of your name somewhere"

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A produtividade de MTI...

... reside na possibilidade de ler dois capitulozinhos d'Os Cus de Judas, que já há umas três semanas que não lhe pegava.
Very nice...

LIVREM-SE!

"O administrador da Metro Transportes do Sul (MTS), empresa concessionária do MST, José Luís Brandão, afirmou que «se esta situação de atraso no pagamento se arrastar, a concessão não tem meios financeiros para continuar a operar».


Pelas contas da MTS, o Estado deve à empresa sete milhões e 200 mil euros, referentes ao terceiro e quarto trimestres de 2009 e ao primeiro e segundo trimestres de 2010."

Esta gente que se livre de fazer uma coisa destas! O nosso metro, lindo que só ele, é a melhor coisa que a nossa presidente a sôdona Maria Emilia fez por esta terra. Eu preciso do metro! É questão de vida ou morte! Eu odeio andar de autocarro. E não sou a única, que isto agora o metro anda sempre cheio de gente.
Portanto o Estado que pague rápido o que deve ou eu revolto-me!

Livrem-se!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Meu!

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça que eu já tenho em mãos.
Lisbon em Lisboa vai ser épico.
Vai ser o primeiro concerto a que vou sozinha, visto que não há margem-sulistas queridos e fofinhos que queiram ir comigo. É a minha triste sina e a esta altura habituada estou. Além de que já sou moça crescida, não é verdade?  

E se for alguma coisa como o SBSR vai ser brutal. 34 dias é tudo o que tenho de esperar para os rever.
E já disse que vai ser épico? É que vai mesmo. Vai haver disto e muito mais.

I'd give you all my love
I'd give you all my love
But my heart is broken
...

domingo, 10 de outubro de 2010

Coisas giras

De há uns tempos para cá e quando digo de há uns tempos para cá é desde que começou a faculdade e eu tenho que ler aquelas enormidades de textos e quando digo textos são capítulos inteiros de livros fico extremamente mal-disposta quando leio mesmo estando sentada e parada no sofá.

Quinta-feira quando voltei a casa e estava a tirar o casaco à porta do quarto dei uma marrada com a mão direita no puxador. Aleijei-me, ficou a marca e desde sexta que tenho uma valente nódoa negra nas costas da mão. Doi. E agora a nódoa negra está a ficar tricolor. A curar portanto. Continua é a doer.  Sobretudo quando escrevo. Mesmo bom.

Se eu fosse esperta pegava na minha pessoa e levava-a até ao Starbucks do Chiado, pedia um bruto moka frapuccino e punha-me a ler tudo aquio que tenho para ler: os textos de HRIP e agora os de Economia. A seguir, ia passear à Fnac. Porque é para isto que uma pessoa estuda em Lisboa e eu estou bué atrasada nas leituras. Mesmo bué.  

E a vossa vida, vai andando tão supimpa como a minha?

sábado, 9 de outubro de 2010

E o que eu tenho para dizer às 4 da manhã é...

... vai-te lixar. Sim, a sério. Vai-te lixar. Não tu, a tua pessoa propriamente, mas o pensamento de ti e a lembrança das pequenas coisas. Que se vão lixar - é o que eu preciso para restaurar a sanidade. E não, não estou a dizer isto porque estou bebeda, até porque só bebi uma cerveja e tequilla. E tu sabes que eu não gosto de cerveja. Digo isto porque me fartei de sentir a tua falta. Fartei-me de regressar a casa e sentir a falta de te dizer adeus à porta do prédio, sorrir e senti-lo de volta.
Portanto que toda esta saudade, que irremediavelmente toma conta de mim quando eu percebo que ninguém, pelo menos os que me aparecem à frente, me irá fazer sentir aquilo que me aquecia o coração contigo, se vá lixar.

E depois que se lixem os slows, que me lembram que há tanto trambolho com trambolho, e eu não te tenho aqui para dançarmos. Eu não sei dançar, tu também não, mas fariamos com que a coisa funcionasse, tenho a certeza. Fariamos sempre com que a coisa funcionasse. Não interessa o que fosse. Iria resultar...

Mas não estás, que se lixe...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"Words are futile devices"


it's been a long long time since i've memorized your face
it's been four hours now since i've wandered through your place
and when i sleep on your couch i feel very safe
and when you bring the blankets i cover up my face

i do
love you
i do
love you

and when you play guitar i listen to the strings buzz
the metal vibrates underneath your fingers
and when you crochet i feel mesmerized and proud
and i would say i love you but saying out loud is hard
so i won't say it at all
and i won't stay very long
but you are the life i needed all along
i think of you as my brother
although that sounds dumb
words are futile devices

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu disse que Outubro não agoira nada de bom

É que isto não está a ir nada bem. Quemerdadediafoieste,pah? Por alguma razão bizarra as quartas-feiras tornaram-se o dia mais propício a estados depressivos e logo hoje choveu. Eu não me dou bem com o mau tempo. Não gosto de chuva, não gosto de humidade, não gosto de vento, não gosto do frio. Em suma, estou miserável. Estou assim de mandar esta cena toda às urtigas e ir emigrar para a Papua Nova Guiné. F***da-se...

E no fim de tudo isto, quem meu coração ainda precisa não está para ser visto...
Raios partam.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Viva a República!

Nós vivemos num país extraordinário. Faz hoje exactamente 867 anos que foi assinado o Tratado de Zamora em que o primo de D. Afonso Henriques , Afonso VII de Leão e Castela lá reconhece que nós até merecemos ser nação independente. Há 867 anos que Portugal existe. E faz hoje 100 anos que a República Portuguesa foi proclamada na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Poético.

Mas, estava eu a dizer, vivemos num país extraordinário. Somos um dos países mais velhos da Europa, com fronteiras bem definidas há igualmente uma catrefada de séculos (séculos!) e ainda estamos aqui. Portugal, pasme-se, ainda existe. Mesmo que há 867 anos que esteja em crise. Vá, tivemos assim alguns momentos áureos e em que fomos os maiores do mundo e mandamos nesta cena toda. Mas Portugal esteve mais tempo em crise do que propriamente em desenvolvimento (de qualquer tipo). Mas mesmo assim, lá vai resistindo. Desde que somos independentes, só tivemos uns 60 anos de domínio castelhano - um soluço nos 867 séculos (!) de História nacional.  
Já passamos por muito - umas quantas guerras, um par de invasões, não sei quantas revoltas, uns tantos golpes de Estado, um regicídio (desculpe lá D. Carlos...), umas descobertas de umas terras para lá do Atlântico - e ainda estamos aqui. E o melhor de tudo é que nem somos assim um sítio tão mau para viver. Eu até gosto.
Temos imensos problemas para resolver, muitas dificuldades que teremos de ultrapassar e há muitas mudanças, profundas, que devem ser feitas e tem de haver coragem para as fazer, mas mesmo com isto tudo Portugal encontra-se indubitavelmente melhor agora do que há 30 anos e incomparavelmente noutra situação de que há 100 anos atrás, aquando a monarquia caiu às mãos dos republicanos.  

No fundo, no fundo, Portugal é o maior do mundo: venha o que vier, digam o que disserem, ameacem o que quiserem, nós por cá vamos andando e a vida vai-se vivendo, nuns dias melhor outros pior, e as nossas gentes vão resistindo.
Portugal rulla catano!

sábado, 2 de outubro de 2010

Vai uma pessoa...

... comprar um e tão só lipgloss e tirar a barriga da miséria e sai de lá com duas amostras do novo perfume da Calvin Klein e de um perfume da Bvulgari. Muito bom...

Quanto é que apostamos...

... que um dias destes (provavelmente mais cedo do que mais tarde) eu me vou esbardalhar toda naquelas escadas interminaveis da faculdade e partir um braço ou uma perna (que isto eu andei 12 anos à espera de partir qualquer coisa para não ter Educação Física e tinha de ser logo agora que já me deixei disso que me espatifo toda nalgum lado)? Ou então cá fora na (raios partam) calçada que escorrega assim à doida e na qual eu dou por mim constantemente a derrapar?

Descer a rua Nova do Almada ou a rua do Alecrim no Chiado era uma aventura e agora atravessar a Avenida de Berna também.