"A nossa vida é toda ela feita de acasos. Mas é o que em nós há de necessário que lhes há-de dar um sentido." - Vergílio Ferreira
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Caro senhor que se cruzou comigo na avenida grande com os três nomes
Sejamos claros: eu não sou maluca. O senhor apanhou-me desprevenida a sair da loja a lamuriar o facto de o raio do colete ainda me ficar largo mesmo sendo o último tamanho. Estava apenas um bocado deprimida e precisava de desabafar com o vento.
O problema é que eu sou expressiva demais a falar e tenho a tendência de mexer as mãos e tenho caras engraçadas. Em suma, penso alto e calculo não ser agradável para os transeuntes verem tal malabarismo de feições e trejeitos, especialmente quando não vêem à minha volta a outra metade do acto conversativo, o receptor da mensagem, que como pode ver, anseio tão profundamente transmitir, visto não conseguir esperar até chegar a casa para o fazer.
Dito isto, eu não sou uma louca qualquer que anda para aí a falar em dialectos estranhos no meio de parques e jardins no centro de Lisboa. Longe disso. Sou apenas uma pobre rapariga, em que calhando não ir ninguém a meu lado, gosta de encetar monólogos a lamentar a sua triste sorte.
De vez e quando também danço, mas ainda bem que o senhor não assistiu à tão grave decadência de tal espectáculo de movimentos (e quase de luz e som). Estejamos gratos.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
A arte de presentear
Eu gosto de dar presentes. Gosto de oferecer pequenas coisas, mas cheias de sentimento e simbolismo, gosto de oferecer, sobretudo, palavras. Pelo Natal, ia tudo corrido a poemas e estava feito.
Dito isto, sou péssima a comprar prendas de aniversário, Natal, dia dos amigos e da criança, seja qual for a ocasião propícia à troca de oferendas. Horrível, mesmo.
Não é propriamente o eu não saber o que os meus ricos amigos gostam e quais as suas preferências, mas eu gosto de ao mesmo tempo sentir-me bem com aquilo que dou. Achar fofinho e querido. E depois acho que também tenho gente um tanto ou quanto esquisita no que respeita a prendas.
Pelo contrário, eu sou das pessoas mais fáceis de presentear de sempre. E não digo isto apenas porque só faltam 97 dias para o Natal e o meu Chanel Chance está no fim. Nada disso. Mas a verdade é que não preciso de laçarotes e embrulhos de cinco palmos (se bem que eu aprecio deveras o acto de desembrulhar) desde que a oferta tenha um qualquer tipo de simbolismo e significância. Gosto de palavras também. Tenho gostos muito bons e diversificados, abrangentes aos vários tipos de arte.
domingo, 18 de setembro de 2011
"Em todos os momentos estás nos meus sonhos como o mar."
"Meto as mãos no bolso e trago-as carregadas de noites de amor: penso que isso basta para encontrar o mundo."
- "Marimba, 2.2.72" in D'Este Viver Aqui Neste Papel Descripto, António Lobo Antunes
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Ao nascer do sol é tudo mais claro, transparente. Os primeiros raios da manhã reflectidos nas águas do Tejo, a lua ainda imponente mas afastada gentilmente pelo sol para a foz do rio.
A claridade trespassa pelos átomos do ar e a suave ondulação brilha. É tudo mágico e irrepetível: o de ontem diferente deste, o de amanhã único.
É a conjugação do universo...
A claridade trespassa pelos átomos do ar e a suave ondulação brilha. É tudo mágico e irrepetível: o de ontem diferente deste, o de amanhã único.
É a conjugação do universo...
domingo, 11 de setembro de 2011
A banda sonora do regresso
"sound is the colour I know
oh, sound is what keeps me looking for your eyes
and sound of your breath in the cold
and oh, the sound will bring me home again."
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
blá blá blá SEGUNDO ano...
De inscrição feita estou oficialmente no segundo ano da licenciatura. Segundo ano... vamos repetir: S-E-G-U-N-D-O. Daqui a uns três meses estou a meio.
Vai ser bom e bonito voltar a acordar às 6 e meia da manhã outra vez, atravessar o descampado ainda de noite e ver o nascer do sol no Tejo. Vai valer a pena, porque tenho cadeiras giras e interessantes e uma boa companhia.
Por agora é aproveitar os últimos dias de férias (diz que vou à Luz ver o Benfica e tudo) e reorganizar o estado mental. Eu não sou boa pessoa para estar de férias, especialmente durante um longo e continuado período de tempo, como foram estes quatro meses.
A bem ver, sou moça que precisa da rotina e da produtividade dos dias para não dar em maluca.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
A minha falta de capacidade decisória
Estou neste momento a fazer o meu horário e a tentar escolher as cadeiras opcionais. Isto não fácil. E não está fácil pela simples razão de que são todas muito apetecíveis. Coisas como Teorias da Democracia, ou Direito da UE, Filosofia Política, Direito Constitucional Português. A FCSH acho que na (vã) tentativa de ajudar mete no horário Direito da UE no 2º semestre (a tal questão das opções condicionadas) e é bom e bonito. Mas agora onde meto a Filosofia Política? Cadeira de 1º semestre e uma ternura que só ela.
Estou embrulhada numa dúvida existencial e com medo de meter em trabalhos, porque se cinco cadeiras já é lixado, como vou eu fazer seis? Ou se posso sequer fazer estas seis, ou se não devia esperar pelo 3ºano... Mas eu quero Filosofia Política, e muito *insert sad face*
As rodas do autocarro rodam, rodam, rodam e rodam
E aparentemente também o mundo. Vai-se a ver e já completou todo o seu movimento de translação. Há um ano atrás, preparava-me para o primeiro ano de faculdade. Sem saber ao que ia, estava expectante e um bocado assustada com a perspectiva de uma nova rotina, completamente diferente do que aquilo a que estava habituada; antes era subir a rua e estava na escola, já conhecia as pessoas, sabiam como tudo funcionava, qualquer coisa estava em casa num salto, tudo me era familiar.
Ir para Lisboa todos os dias estudar simbolizou um corte bruto a todo um ritual aperfeiçoado há já seis anos e depois sentia falta das pessoas e das mesas e das cadeiras. Não me achava preparada, nem com cara de moça universitária, mas era tudo o que eu queria no mundo.
Há um ano atrás estava num bom momento da minha vida.
Muita coisa aconteceu entretanto e a minha vida mudou. Antes de mais, perdi parte da inocência que ainda me restava, mas ao mesmo tempo ganhei um pouco mais fé nas pessoas. Perdi gente, pela inevitabilidade da vida ou pela estupidez humana. Senti fugir-me o chão por várias vezes e senti-me perdida. Foram doze meses complicados.
Mas no entretanto, também aprendi umas quantas coisa. Conheci pessoas e apaixonei-me e é bestial. Podia ter entrado numa espiral descendente, mas não prossegui por nenhum caminho auto-destrutivo, apenas umas quantas crises existenciais e às vezes ainda aquele sentimento familiar dos meus idos tempos de primária em que não era convidada para ir brincar a casa dos outros meninos.
Ainda estou à deriva e este começo de segundo ano está a ser confuso: porque não sei exactamente o quero fazer da vida, porque parece estar tudo a acontecer depressa demais, porque as condições de existência não são as ideais e por muita coisa estar fora do meu controlo. E eu odeio isso, mas tenho de aceitar.
Aceitar a vida, ultrapassar os problemas e tentar manter alguma réstia de sanidade mental, especialmente quando percebi que daqui para a frente nada vai ser tão fácil como quando a única escolha difícil que tinha para fazer era escolher os cadernos do regresso às aulas ou a cor de caneta para cada disciplina.
Deus, estou a ficar adulta...
domingo, 4 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
"A linguagem é uma fonte de mal-entendidos"*
Os gestos são mais elucidativos. Um sorriso, um piscar de olho, um beijo. Eu prefiro...
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*de Antoine de Saint-Exupéry
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*de Antoine de Saint-Exupéry
Ah e tal "hidróxido".
Mas afinal: «Um hidróxido é uma função química caracterizada por um catião (geralmente um metal, excepção feita apenas ao catião amónia) e o anião hidroxilo. Exemplos são o hidróxido de sódio (NaOH, vulgarmente conhecido no comércio como "soda caústica") e o hidróxido de potássio (KOH, vulgarmente conhecido no comércio como "potassa caústica").
Todos os hidróxidos de elevado grau de ionização ("bases fortes") são sempre solúveis em água, já que são fortemente iônicos. Já os demais, por seu caráter covalente são pouco solúveis ou insolúveis em água.
Os hidróxidos são caracterizados por seu caráter básico e tingem de azul o papel de tornassol vermelho.» (Fonte: [what else?] Wikipedia)
Alguém andou a prestar atenção às aulas de Química...
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