sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O mais dificil é começar

A parte mais dificíl de escrever um texto, qualquer texto, é começar. Saber o que dizer nas primeiras linhas, quais vão ser as primeiras palavras, como começar...
Eu neste momento devia estar a escrever a primeira das recensões de HRIP que, aliás, já devia estar feita há que tempos. Mas adiei. E agora que tenho mesmo de a fazer, porque o prazo de entrega está próximo e ainda tenho de fazer a segunda recensão e tenho de estudar e fazer outros trabalhos. Portanto, era mesmo muito fixe que eu a conseguisse fazer hoje ou pelo menos começa-la. Mas não sei como. Por isso desmotivei e agora não me apetece nada fazer coisa alguma.
Mas o início é o mais complicado, depois as palavras começam a fluir. Até ao momento em que param outra vez e depois são mais duas horas até que consigo recomeçar o texto. E isto é veridico, já cronometrei e tudo. Desde que comecei a ter de escrever para a escola, fazer trabalhos, textos, que demoro imenso tempo a concluir o texto mais simples. É algo crónico, parece-me, há doze anos que é assim.
E tenho agora a recensão para fazer e não me apetece nada: desmotivei porque não sei como começar e o começo é o mais importante, é o que vai determinar como o resto do texto vai correr. São aquelas palavras iniciais que decidem tudo. É a primeira impressão. E as primeiras impressões são tudo.
Também acontece lembrar-me de frases incriveis e ter ideias extraordinárias para os textos sempre nas alturas mais inoportunas: no banho, por exemplo, acontece muito, à hora do jantar, na cama a tentar adormecer. É terrivel.
Eu devia, portanto, estar a escrever uma recensão critica sobre um capitulo de um livro sobre a entrada de Portugal na I Guerra Mundial, e o excerto é bom, fui eu que o escolhi, mas não consigo, porque não sei como começar. Pelo autor? Pelo contexto histórico? Da guerra ou de Portugal? Se calhar começo como o Cobain naquela música: I'll start this off without any words... Faço um momento de silêncio pelas vitimas da grande guerra. Ou então deixo isto de lado e vou ler, vou ler a Emma que agora começou a fazer o retrato da Harriet. Ou então vou ver o CSI. Ou então fico aqui no escuro a ouvir o Johnny Cash, que me apetece. Ou então continuo com a página do Word à frente, a sentir-me culpada por ter de estar a preencher a página em branco com caracteres e ela permanecer inalterada.
De qualquer das formas, vou continuar com frio, porque o meu quarto agora tem a mania que é dos pólos e eu uma foca que aguenta as temperaturas negativas.
É que tem estado frescote, não tem? Pois...

2 comentários:

  1. Ahahahahahaha, adorei a parte da foca.

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  2. Devia ter escrito LONTRA. O André chamava-me era LONTRA! aaahh, a amizade *.* saudades *snif*snif*

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