Eu nunca fui boa a fazer amigos. Eu estou longe de ser uma pessoa sociável, não gosto de conversas sobre o tempo e odeio conversa fiada no geral. Tenho pouca fé e confiança nas pessoas. Basicamente, eu tenho pouca ou nenhuma capacidade de me relacionar com outro ser humano. É um dom.
Mas de vez em quando a coisa acalma-se um bocadinho e eles lá aparecem. E ficam. E eu gosto.
Um deles apareceu assim de repente. E aos poucos foi-se tornando num dos melhores. Alguém capaz de me fazer rir até no pior dos dias. Alguém que esteve sempre lá na pior das alturas e me deixou chorar no ombro dele. Alguém que me queria ver sorrir. Alguém que quando eu lhe pedi uma flor, arranjou maneira de eu a ter. Alguém que foi para a rua comigo à conta do meu jogo infantil. Alguém que diz que não acha graça às minhas piadas, mas eu sei que secretamente adorou a piada do rissol. Alguém que me faz sentir terríveis saudades das aulas de Psicologia, além de todas as outras razões para tal. Alguém que foi uma surpresa na minha vida.
Para mim, que não gosto de surpresas. Mas esta foi especial. Porque quando menos se espera, as pessoas tornam-se especiais e importantes para nós, contra todas as expectativas.
E um dia, vamos os dois para Paris, quando ele for rico e eu embaixadora, e vamos comer croissants e beber café numa cafetière com vista para o Sena.
Apesar dessas tais brincadeiras que levaram o aluno exemplar para a rua (eu) posso desde já dizer que tudo ao teu lado valeu a pena desde ouvir piadas secas a ouvir ainda mais piadas secas :)
ResponderEliminarPrepara as malas Paris tá perto!