"A caminho da Baixa, no metro, decidiu que as pessoas sofrem de nostalgia temporal pela década em que nasceram. Porque se sentia naquele momento como se estivesse a viver nos dias da Depressão: o fato, o emprego municipal que acabaria daí a mais duas semanas no máximo. À sua volta, só via pessoas de fatos novos, milhões de flamantes objectos novos que eram produzidos todas as semanas, carros novos nas ruas, casas que se erguiam aos milhares nos subúrbios que deixara meses antes. Onde estava a depressão? Na área das entranhas de Profane e na do crânio, oculta pelo optimismo de um apertado fato de veludo azul e de uma esperançosa cara de schlemihl."
- V., Thomas Pynchon
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