Ou como lixar a vida (e a média) a Diana Catarina. Ou como arruinar todo o seu equilíbrio mental e sanidade cognitiva. Ou como fazê-la lançar impropérios a torto e a direito para uma calculadora, cujos botões lhe são completamente estranhos - só reconheço os números, os botões das operações de somar, subtrair, dividir e multiplicar e é claro, o melhor de todos, o botão off.
Pois é, a saga dos números parece ter sido retomada por essa cadeira, oh tão interessante e estimulante, que dá pelo nome de Demografia Social e Políticas Demográficas. Não lhe questiono a utilidade, mas esta cena não é para mim. Especialmente, porque parece envolver a coisa que mais desprezo neste universo: os números. Ah e tal, mas todo o universo é regido por leis matemáticas e até a própria Internet que estás a usar para te lamuriares envolve matemática e sequências binárias e p*** que as pariu. Sim, as coisas chegaram a estes termos.
Temos muito pena, patati patata, mas isto não é para mim. Pronto, acabou.
Isto agrava-se devido ao extraordinário facto de esta cadeira ser leccionada através do maravilhoso e inovador método do b-learning (ou raio que a parta), assim numa lógica da tele-escola, em que em vez da televisão aprendemos por power-points bastante coloridos e esquizofrénicos. Isto requer que só vejamos as professoras uma ou duas vezes por mês e para tirar dúvidas e rever a matéria. Ora, para alunos da sôdona Carmen até que nem é um mau sistema, visto as aulas dela serem secantes que doem, mas para quem quer que eu aprenda a fazer contas isto só tem um caminho: o do chumbo vergonhoso.
Eu não tenho o mínimo talento para isto, não tenho qualquer tipo de raciocínio matemático, o meu cérebro chega a doer do esforço. Não sou nenhum génio, nem moça sobre-dotada ou particularmente inteligente, mas até me safo, por exemplo, a analisar as rupturas e continuidades da administração central e periférica na passagem do Antigo Regime para o Estado Moderno em Portugal. Isto sim, são coisas giras. Isto e analisar as causas estruturais para a II Guerra Mundial utilizando os níveis de análise do Kenneth Waltz ou modelo originário do Panebianco. Coisas giras e que, espantem-se, fazem sentido. Eu gosto é disto.
Ah! E falar de Marx nas aulas também é bastante divertido.
Agora, contas e números não. É um auto-flagelo interminável.
Bah, odeio-te matemática. Porque é que tens de te meter sempre na minha vida? Porquê?