Não há motivos para orgulho. Tanto pelas circunstâncias que conduziram a este acto eleitoral, tanto pelo teor da campanha, pela qualidade do discurso e qualidade dos candidatos. A taxa de abstenção há pouco revelada assim o atesta, assim como a forma como os eleitores se desligam cada vez mais e mais, mesmo depois das várias mensagens do Presidente contra a inércia dos eleitores.
Mas não houve nada de novo, nada de refrescante. A mesma mensagem foi dita, desdita, mastigada e ruminada. Foi escolher entre o mau, o muito mau e o péssimo.
De um lado, alguém que está completamente alienado da realidade, primeiro-ministro de um país quimérico e que existe apenas na sua cabeça, completamente desfasado da realidade do Portugal de todos os dias; de outro, temos um candidato a primeiro-ministro ou um futuro-ex-presidente do PSD periclitante que se diz e contradiz várias vezes durante a mesma semana.
Não é assim que a tão precisa renovação do espectro partidário irá acontecer. O que é preocupante. É preciso sangue novo, alguém com uma mensagem clara. Alguém que apela à mobilização em torno de um objectivo comum tanto nas camadas mais jovens como as mais velhas, que inspire confiança e competência. Por agora, nada disso parece acontecer.
O que quer que aconteça daqui a 7 minutos, não há motivos para celebração. Enquanto uns se congratulam, o país definha...
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