quarta-feira, 29 de junho de 2011

19

Sinto-me bem mais matura nestas últimas 48 horas, foi assim toda uma maturidade que se me acrescentou.
E depois tenho amigos fofinhos, umas ternurinhas ternurentas. 

‎"It's different now I think
I wasn't older yet
I wasn't wise, I guess"

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"oh, I don't mind if the clock is turning"



I feel the time is coming
I
I walk into your eyes

Oh, I don't mind if the clock is turning
Cause I'm going to the other side
You either die
Or you keep on burning alive
And I am burning

I
I walked a long long distance
I
I'm feeling sore inside
Oh, I don't care if the sky is falling
Cause I'll never get to see the light

You either die
Or you keep on burning alive
And I am burning
And I am burning

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Faltam 4 dias

Gosto de flores, assim daquelas coloridas e em ramos bonitos, mas sem aquelas mariquices de celofanes e verduras e rafias a atar. Rosas depende, vermelhas escuras nunca, pela vossa rica saúde. Túlipas é o ideal, mas também sorrio com uns malmequeres todos giros.
Igualmente aceitável é a colecção de Verão 2011 da Zara, tipo toda. O meu tamanho é o S e calço o 37 e gosto de cores.
Também serão apreciados postais do Paint, assim fofinhos e amorosos, com dedicatórias capazes de me fazer soltar uma lagrimita. 
Ah! e balões...


domingo, 19 de junho de 2011

Não o disse na devida altura

Mas no 10 de Junho, a par de toda eu estar imbuída de um extraordinário patriotismo, realizei um sonho de infância: saltitar com o João Baião. Foi um momento bonito. Eu saltei, ele também, ambos muito alegres e contentes e assim a minha vida está completa.

sábado, 18 de junho de 2011

Meu querido Supernova cor-de-rosa

Eu sei. Eu sei que disse que iamos ser muito felizes, eu e tu. És cor-de-rosa, tens um nome fofinho como aquela música dos Oasis. Eu pensava, sinceramente, que a nossa relação ia ser duradoira e produtiva.
Até podia dizer que o problema era eu, não te trato bem, já foste ao chão uma data de vezes, mas repara: o problema és mesmo tu.
Eu sempre soube que os Nokia não eram para mim (é por eu ser portuguesa, não é?). São chatinhos, têm manias irritantes como a luzinha que pisca e o facto de não me haver nenhuma opção (eu já dei voltas e voltas a todos os menus daquela cena) para apagar mensagens automaticamente ao fim de um certo tempo e sem isso estou constantemente com o mesmo drama (eu sou moça que se apega às coisas, custa-me, pronto).
E agora tens a mania de ires abaixo, morreres assim e não dares sinal de vida durante imenso tempo. Isto assim não pode ser. Repara: eu tenho necessidades, preciso de eficiência, algo que tu nunca me poderás dar e eu já me conformei com tal facto.
Eu acho melhor cada um de nós seguir caminhos diferentes, porque não adianta insistir mais na parvoíce. Os meus anos vêm aí e eu já iniciei diligências junto das autoridades competentes para acordar nessa manhã com um embrulho bonito e airoso e um novo amigo lá dentro.
Espero que sejas feliz, mas com outro alguém que não eu ou até mesmo dentro de uma gaveta.
Vamos tentar ser cordiais nestes últimos dias que nos restam, sim?
E desculpa lá qualquer coisa...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Só para lembrar

Faltam 10 dias para essa data oh tão especial que consiste nas celebrações da minha vinda ao mundo. Planos estão a decorrer, pessoas serão notificadas, pedidos de agraciamento à minha pessoa serão apresentados de forma muito sub-reptícia. Mas o que me está realmente a matar a cabeça é o que raios vou eu fazer com o bolo e com as velas e isso tudo.
Eu sou moça que gosta de apagar velas, não importa que seja uma vela em cima de uma madalena.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

«And flicking his bowler hat by of farewell, Richard turned at the corner of Conduit Street eager, yes, very eager, to travel that spider's thread of attachment between himself and Clarissa; he woulg go straight to her, in Westminster.
But he wanted to come in holding something. Flowers? Yes, flowers, since he did not trust his taste in gold; any number of flowers, roses, orchids, to celebrate what was, reckoning things as you will, and event; this feeling about her when they spoke of Peter Walsh at luncheon; and they never spoke of it; not for years had they spoken of it; which, he thought, grasping his red and white roses together (a vast of bunch in tissue paper), is the greatest mistake in the world. The time comes when it can't be said; one's too shy to say it, he thought, pocketing his sixpence or two of change, setting off with his great buch held against his body to Westminster, to say straight out in so many words (whatever she might think of him), holding out his flowers, "I love you." Why not? Really it was a miracle thinking of the war, and thousands of poor chaps, with all their lives before them, shovelled together, already half forgotten; it was a miracle. Here he was walking across London to say to Clarissa in so many words that he loved her»
- Mrs Dalloway, Virginia Woolf

domingo, 12 de junho de 2011

"and if a double decker bus crashes into us..."

Eu tenho uma tendência natural para dizer coisas erradas, fora de tempo e despropositadas. É algo que tenho vindo a aperfeiçoar ao longo dos anos. A questão do timming, estás a ver? Tenho também uma tendência natural para über-racionalizar e paralisar por medo. Sou sensível às palavras e muito complicada. Consigo ser muito mázinha e, lá está, não sou santa nenhuma.
Mas também sei que apesar de tudo isto, o meu coração se encheu de amor por ti. Ele caiu irremediavelmente de amores por ti, um descalabro. Gosto de ti, assim imenso. E sabes aquelas alturas em que olho para ti e sorrio, em que me perguntas o que foi e eu respondo com um "nada"? É porque estou num pasmo a tentar perceber como raios o sentimento é recíproco e sinto uma sorte e felicidade desmesuradas por te ter encontrado. Contigo, um ano com um dos mais elevados potenciais de horribilidade tem agora a capacidade de se tornar um ano do caraças.
Alturas haverá em que muito provavelmente te vou desiludir (essa é uma tendência natural da Humanidade, nada a fazer), outras em que parecerei distante. Mas nunca duvides do meu estado de irremediavel enamoramento.
E alturas haverá em que vais duvidar da minha sanidade mental, especialmente quando me ponho a ouvir Deff Leppard às quatro da manhã - eu continuo a acreditar que a Pour Some Sugar on Me é de génio, a sério, quem é que acorda de manhã e se lembra de escrever uma música com uma nova perspectiva de uso para o açúcar? Mas és capaz de não fazer ideia de como o meu coração se ilumina quando te vê à minha espera no cais e cai nos teus braços.
Caraças, gosto mesmo de ti e aqui do meio da serra, sinto-te terrivelmente a falta (neste preciso instante começou a Wonderwall na repetição do top+) "and there were many things that I would like to say to you, but I don't know how". Porque me faltam as palavras para te dizer o quanto me fazes bem e alegre e contentinha da vida e feliz. Não parecem suficientemente abrangentes para tanto amor. É assim um universo, pronto.
É isto.

"Ó Portugal, se fosses só três silabas"*

Há nove meses atrás escrevi este texto por alturas da comemoração do 5 do Outubro. Entretanto caiu o governo, pediu-se ajuda externa, veio ajuda externa, convocaram-se novas eleições e uma nova composição partidária foi eleita para a Assembleia da República. Inicia-se agora um novo ciclo. Eu não retiro uma palavra ao que disse. Portugal permanece.

No dia de Portugal, como albicastrense orgulhosa lá fui esvoaçar as banderinhas e cantar o hino com o PR. Cantar o hino às 10 da manhã é coisa que revitaliza. Senti o meu nacionalismo deveras exacerbado.
Acho que numa alturas destas é essencial celebrar Portugal. Celebrar os seus 900 anos de História, que nos recordemos de quem fomos, reflictamos como queremos prosseguir. É disto que se faz uma nação, é com isto que um Estado se perpetua no tempo: invocando a sua memória colectiva e exaltando os seus símbolos de unidade, porque no final do dia estamos todos juntos nisto.

Portugal permanecerá, para sempre. Além de que eu tenho fé no Quinto Império, pah. Ainda vamos mandar nisto tudo outra vez. E porque foi também dia de Camões. Os Lusíadas, Canto I:

"As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte."

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domingo, 5 de junho de 2011

Qualquer que seja o resultado de hoje à noite

Não há motivos para orgulho. Tanto pelas circunstâncias que conduziram a este acto eleitoral, tanto pelo teor da campanha, pela qualidade do discurso e qualidade dos candidatos. A taxa de abstenção há pouco revelada assim o atesta, assim como a forma como os eleitores se desligam cada vez mais e mais, mesmo depois das várias mensagens do Presidente contra a inércia dos eleitores.
Mas não houve nada de novo, nada de refrescante. A mesma mensagem foi dita, desdita, mastigada e ruminada.  Foi escolher entre o mau, o muito mau e o péssimo.
De um lado, alguém que está completamente alienado da realidade, primeiro-ministro de um país quimérico e que existe apenas na sua cabeça, completamente desfasado da realidade do Portugal de todos os dias; de outro, temos um candidato a primeiro-ministro ou um futuro-ex-presidente do PSD periclitante que se diz e contradiz várias vezes durante a mesma semana. 
Não é assim que a tão precisa renovação do espectro partidário irá acontecer. O que é preocupante. É preciso sangue novo, alguém com uma mensagem clara. Alguém que apela à mobilização em torno de um objectivo comum tanto nas camadas mais jovens como as mais velhas, que inspire confiança e competência. Por agora, nada disso parece acontecer. 
O que quer que aconteça daqui a 7 minutos, não há motivos para celebração. Enquanto uns se congratulam, o país definha... 

"boy, we made such a mess together"

Digamos que o Sufjan Stevens é um pedacinho de céu e que me deu uma das melhores noite da minha vida.
A  noite de terça foi qualquer coisa de transcendente. A experiência de uma vida.
Os balões! Estar a uns cinco metros dele o tempo todo. O sussurar da Futile Devices, os dance moves oh tão lindos do Sufjan (eu tenho de aprender a dançar com ele pah), o aperceber-me que a sua música é igualmente yummi, o levitar da Seven Swans, a brutalidade da Impossible Soul, o estar mesmo em frente do moço quando ele me sobe para a coluna, o dançar muito descoordenadamente na festa que foi a Impossible Soul, a surpresa da Casimir Pulaski Day, o tocar-lhe com a ponta dos dedos da mão direita quando ele veio cá abaixo devolver os balões para a plateia. Os dois balões que vieram comigo para casa. A epicidade da Chicago.

BALÕES! Ele ouviu os meus pedidos e resolveu dar-me um miminho para os meus anos, não foi?

DM Stith na primeira parte. O moço faz parte da banda do Sufjan e fez-me lembrar TANTO os yearly years do Dylan, especialmente aqui. "Tell me when it's over, tell me when it's over, tell me when it's over"



Eu quero voar contigo... "seven swans, seven swans, sevens swans"

A dança... oh meu deus a dança!
O Coliseu tem qualquer coisa contra as minhas máquinas fotográficas. Aquando os The Walkmen a dita espatifou-se toda e foi à vida, desta feita ficou sem bateria logo no início. Bah.


A beleza da Casimir Pulaski Day.


E a noite acabou assim, com o gritar a Chicago a plenos pulmões.

"I fell in love again. All things go... all things go."

ÉPICO!