segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

À senhora funcionária do café do Pingo Doce

Eu pensava que era só a outra senhora que costuma lá estar às terças, mas afinal não. A má-cara que me recebe quando lá peço o meu cafezinho com o croissant misto é geral. Eu sei, eu sei, que não sou tão bem parecida quanto os senhores polícias que lá vão tomar o pequeno-almoço de manhã e que empataram o raio da fila e me fizeram esperar uns 10 minutos até finalmente ser o meu número da senha e consequentemente perder uns dois metros e o comboio das '24.  Também sei que os senhores polícias gostam de ser gentis para com as senhoras de forma a ver se ainda sacam a manteiga muito bem barrada no pão sem por ela pagarem... Também sei que os senhores polícias são muito importantes para a harmonia das instalações. Eu sei, é preciso ser simpático para quem nos ajuda.
Mas o que não é preciso é quando chega a minha vez nem um bom dia nem uma cara mais ou menos neutral - eu já não peço um sorriso, apenas uma cara sem emoção - mas uma cara de que todos lhe devem mas ninguém lhe paga. Dispensava isso logo pela manhã. Não há necessidade. Até porque se há pessoa que gosta - e muito - de frequentar o Pingo Doce e contribuir para o seu salário sou eu.
Portanto, amanhã veja lá. Se não for muito incómodo lá está receber-me com um cara mais ou menos decente. Assim como faz com os senhores polícias, mas nem tanto, não preciso dos sorrisinhos e risos introvertidos e envergonhados, contento-me com um bom dia e delicadeza no trato.
Pronto, era só isto. Obrigada e vemo-nos amanhã, sim?

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