sábado, 5 de fevereiro de 2011

3Fev'2010

E o calor numa noite fria, o escuro comprometedor iluminado por um perfil de mãos que juntas celebram algo mais que a certeza da existência terrestre e corpórea, algo que não se explica, mas de uma forma ou de outra se sente. E ouve-se o repicar dos sinos, relógios de uma consciência colectiva, o pesado bater do pêndulo no movimento sucessivo dos segundos: talvez aqui encontraremos a paz e recuperaremos a esperança. Mesmo que lá fora a chuva caia e o vento torne tudo mais despido e rude à sua passagem, dentro desta casa é diferente - é o calor numa noite fria, o quente das promessas e dos pedidos que vagueia num ambiente etéreo entre nós e o céu.
E se aqui e agora fecharmos os olhos sentiremos o aroma de uma tradição, de uma crença, de uma fé e a luz crescerá de dentro, espalhar-se-á a cada passo, acompanhada pelo cheiro das orações, de uma súplica a algo que não muito bem compreendemos, mas que apazigua os nossos medos e acalma os nossos corações. Aqui, aqui estaremos seguros...

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