terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Relatório do 4º dia de férias*

Acordei eram nove da manhã, o que para mim estando de férias é como acordar às 6 da manhã num dia de aulas. Estava frio e a cama estava quente, armada com a bela da botija de água quente e tudo, pelo que o levantar demorou uma boa meia-hora: "ai que me levanto, ai que está frio, espera aí mais um bocadinho, mas há compras de Natal para fazer, ai que a árvore de Natal ainda nem feita está, tem de se comprar que eu não quero contribuir para a desflorestação das matas, ai que até já tenho fome, mas ainda não consigo comer, ai que o raio da tonta de quatro patas saltou para o monte de cobertores (tive a conta-los e são 5) que me fazem tanto peso em cima dos meus singelos 47 quilos e 163 centimetros que não me consigo mexer, e agora está ela a tentar entrar lá para o meio (sim, porque ela escava o monte de cobertores para lá se enfiar de baixo, a tonta), pronto tenho mesmo de me levantar." O meu dialogo interior foi mais ou menos assim, demorou meia-hora devido à minha baixa capacidade de raciocinio matinal.
O carro demorou a pegar: "ah que isto é do frio, demora o motor a aquecer". E quando lá começa a trabalhar, encaminha-se para a vila para beber o café e um pastel de nata. O café era mau, é Sical, já devia saber, mas aparentemente são os maus que mais me despertam (é tramado) e agora os pasteis de nata, assim como todos os bolos com creme, têm a mania de não terem um creme tal qual como eu gosto, como o dos palmiers recheados do café em frente à escola. E eu sou muito esquisita com artigos de pastelaria.
Alimentada e desperta dentro dum carro que agora sim não quer dar mesmo de si, vá de chamar os bombeiros, queridos, que empurram o carro pela estrada, vão com ele para uma ribanceira e só ao fim de demasiado tempo e lá para o fim da ribanceira começa a trabalhar. "ah se eu fosse a ti já não ia com ele para lado nenhum, dava ai umas voltas com ele e estacionava-o num passeio inclinado"
Oh que caraças!

Portanto, balanço à produtividade do dia: acordei cedo para nada, bebi café (mau) para nada, sem árvore feita, sem prendas de Natal, ainda fui à vila outra vez a pé (que cansa, muito) encomendar filhoses, e vi a vida a passar-me pelos olhos por umas duas vezes, com o carro a fazer barulhos estranhos.
Eu não sei do povo, mas conheço alguem que quer comprar um carro novo.
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*ou de como ia quase morrendo duas vezes e ainda nem era hora de almoço

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