segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

18 anos e meio de vida. Parabéns para mim.

Apercebi-me que hoje, 27 de Dezembro de 2010, faço 18 anos e meio de vida.
E sinto que a minha vida está a acabar, que daqui a nada me vou deste rico mundo sem metade das coisas que queria fazer feitas. É o peso da idade, é o fardo dos anos. Não gosto disto. Parece que ainda não fiz nada da minha vida e mesmo sabendo que em retrospectiva fiz dela uma coisinha boa e que tenho o coração cheio começa a sobrevoar-me uma melancolia que daqui a nada é deprimência: é dar-lhe tempo. Se há quem tenha destas crises aos 40 e 50, eu tenho-as aos 18, sempre fui uma criança muito precoce, já sabia da existência da letra A aos 4 anos e sempre me senti uma old soul as they say.
E sinto que tenho uma catrefada de assuntos para tratar antes de me ir e que agora o tempo escasseia. A conciência que tenho da sempre presente efemeridade da vida mata-me. E acaba por ser um círculo vicioso, na ânsia de tanto querer fazer, tantos sonhos e tantos planos (uma mania terrível que encontrei para lidar com os imprevistos que invariavelmente acabam por acontecer) chega-se ao fim do dia com a sensação que nada foi feito. E há tanto para ver, para ouvir, para descobrir, para ler, para aprender e apreender... E não há tempo. A vida é curta e há outras responsabilidades, outros fazeres e coisas que tais. Mata-me. Só posso aguentar e tentar fazer da minha vida o que quero que ela seja.

Portanto, faço hoje 18 anos e meio de vida e dizem que tenho a vida pela frente, mas eu sinto-a cada vez mais escassa. Tenho 18 anos e meio e ainda não fiz metade do que quero fazer.
Faço hoje 18 anos e meio de existência. Parabéns para mim.

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