Pensava que já não havia mais lágrimas a derramar por ti, mas na verdade ainda as sinto, ainda as choro; pensava que não eras mais do que uma memória apenas, a recordação distante que pareces, mas não consigo fazer com que o sejas, porque ainda te sinto demasiado em mim depois deste tempo todo, ainda tens o dom de seres um presente mesmo que eu queira que estejas num pretérito perfeito. O pensamento de ti não deixa. E as saudades. Porque na verdade ainda te sinto a falta e dos teus braços e da forma como eles me envolviam e da maneira como me fazias rir e esquecer o mundo.
Não é por acaso que é para ti e por ti que me corre o pensamento e que meu coração doi. E não consigo faze-lo parar. Como eu gostava, mas não consigo. Fazer parar a saudade que me percorre quando regresso a casa e me deito na cama depois de uma noite fora: a saudade de ti, do teu toque, da tua voz, da conversa pelo caminho fora, daquela sensação boa, tão boa, que me assolava cada vez que olhavas para mim e sorrias.
Ainda, estupidamente, choro por ti e por segundos começo a pensar que não mereces. Mas como não? Como não podes mereces depois de tudo? Afinal, foste algo de bom, mesmo que por tempos breves, mas que me parecem eternos; e lá está, não foi por acaso que meu coraçao te escolheu mesmo que tenha acabado desfeito num adeus dito no silêncio de uma madrugada fria.
Ficarás sempre com uma parte do meu coração, mas por favor, deixa-me recuperar o que ficou para poder respirar de novo e sonhar feliz outra vez.
Sem comentários:
Enviar um comentário