De há uns tempos para cá ando a sonhar que me vou casar: ou é a minha pessoa vestir-se para a boda, de vestido e véu rendilhado, lindos de morte, a ir para a Igreja, ou é o copo-de-água ou a cerimónia em si. O mês passado sonhei com o pedido, o mais ternurento que pode haver, e o anel; a noite passada voltei a sonhar com ele: era de oiro e de diamente rosa. Lindo que só visto.
Resta saber que na minha vida consciente, esta de que vos escrevo, o matrimónio não faz parte dos meus planos. E estes sonhos andam, pois, a inquietar-me. São estranhos: é tudo muito bonito, eu fico uma graça de vestido branco e todas as esperanças de recem-casada, mas normalmente estou tristinha da vida e o noivo nem ve-lo. Nunca o vi, tenho apenas impressões de quem é... É triste. O pobre desgraçado há-de estar escondido a pensar no terrível erro que acabou de cometer em me ter pedido para ser sua aos olhos de Deus e do Registo Civil.
Agora, estou à espera dos sonhos em que os filhos começam a aparecer... Há-dem estar para breve, visto que já sonhei com todas as fases possiveis do arranjo...
Dito isto, vou retomar o trabalho de História e falar sobre divórcios e o regime do Estado Novo. Tudo em conformidade portanto...
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*Poncela
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