Volvida uma semana e um dia da queda que ia privando Diana da sua existência, ainda há dores e nodoas negras no braço, que neste momento está tricolor - até nas nódoas negras, Diana se faz arco-íris, é bonito de se ver.
Vendo que a dor ao fazer esforço físico não desvanece, nem pouco mais ou menos, Diana resolveu por-se a caminho do consultório do médico - é bom que se saiba que Diana é um tanto ou quanto hipocondríaca - e depois de raios-x e batas que não se sabe muito bem como se vestem (era lílas e tudo *.* ), verificou-se que Diana tinha as costas tortas. Explica muita coisa...
Diana tem a chamada escoliose, o que nestas alturas - em que há quem se arrasta e enegre miseravelmente pelos degraus abaixo, como foi o caso - demora mais tempo a curar o trauma. Diana está de receita aviada - um comprimidinho duas vezes por dia - e para a semana não há esforço físico para ninguém, nem E.F. nem yoga...
Diana é agora uma criatura que vive tristemente, visto que as suas doenças acabam sempre no campo da parvoeira. Ou são tontarias causadas pela sua própria parvoíce ou são as costas que estão tortas. Nem um braço Diana sabe partir. Não parte, mas fica negro. E doi. Diana tem que parar com esta história de beber leite...
"A nossa vida é toda ela feita de acasos. Mas é o que em nós há de necessário que lhes há-de dar um sentido." - Vergílio Ferreira
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
E uma vontade enorme de ouvir...
... David Fonseca.
Enternece-me, meu amor, como só tu consegues...
...
And there’s no one I would rather be with,
Nothing I would rather do,
'Cause I’ve got this dream, this heart that beats,
Outside this silent world, and I’ve got you.
...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Pois, que hoje caí...
1.30 da tarde. Vinda para casa. Chuva. Raciocinio lógico da Diana: "pois que era boa ideia abrigar-me debaixo do toldo do prédio para não me molhar". Pois que a Diana até tinha guarda-chuva, pois que até nem estava a chover muito, só mesmo daquelas pingas que nem chegam para lavar o espírito, mas na sua infinita inteligencia, daquela mesmo capaz de maravilhar por ser tanta, a Diana resolve ir na mesma por ali. O dito caminho, ladeado de pequenos cafés e afins, tem escadas, escadas essas que têm degraus, degraus esses que no ultimo vão de escada está exposto à precipitação. Muito concentrada na sua viagem, de phones nos ouvidos, caderno na mão, pois que essa inteligencia rara se lança nas escadas. Outra vez o raciocinio lógico da Diana apresenta-se ao trabalho: "Eu ainda vou cair, e não vai ser bonito...". Pois que acontece a seguir???
Diana caiu e não foi bonito. Diana escorregou no degrau e fez derrapagem até lá abaixo. Diana acabou com o braço esquerdo todo arranhado, negro e inchado e o traseiro numa lástima. Pois que doi. E muito. Diana parecia que estava na Serra da Estrela a fazer sku pelos montes e vales brancos da neve; Diana voltou à infância, só que em vez de um escorrega, havia uma escada com degraus.
Para compor ainda mais o acontecimento, uma alma caridosa de senhor, insistiu para que ela fosse lá ao cafézinho desinfectar a ferida, que vai desde o pulso até ao cotovelo, tão pouco foi a quantidade de degraus pelos quais foi arrastada. "Oh, coiso, traz aí uma pinga de bagaço para desinfectar isto, que a rapariga deu um trambolhão valente ali nas escadas..." (citação livre; foi mais ou menos isto...)Bagaço... O senhor queria desinfectar isto com bagaço. Ela contrapos: "Não é nada preciso, isto não foi nada... é só uma ferida sem importancia..." e foi-se. Diana agradeceu a gentileza e pos-se a caminho de casa. Pelo caminho, teve que desbravar os mesmos degraus que minutos antes a tinham levado ao chão. Diana desceu-os sem cair novamente. Forte, hein?
O resto do percurso foi feito sem mais precalços. Contudo, foi feito com uma forte dor do derrière. Que persiste... Diana agora vive a cada gesto e cada movimento súbito, tipo sei lá, levantar, sentar ou mexer-se, com uma palavra menos própria pronta a soltar-se da língua...
Diana caiu e não foi bonito. Diana escorregou no degrau e fez derrapagem até lá abaixo. Diana acabou com o braço esquerdo todo arranhado, negro e inchado e o traseiro numa lástima. Pois que doi. E muito. Diana parecia que estava na Serra da Estrela a fazer sku pelos montes e vales brancos da neve; Diana voltou à infância, só que em vez de um escorrega, havia uma escada com degraus.
Para compor ainda mais o acontecimento, uma alma caridosa de senhor, insistiu para que ela fosse lá ao cafézinho desinfectar a ferida, que vai desde o pulso até ao cotovelo, tão pouco foi a quantidade de degraus pelos quais foi arrastada. "Oh, coiso, traz aí uma pinga de bagaço para desinfectar isto, que a rapariga deu um trambolhão valente ali nas escadas..." (citação livre; foi mais ou menos isto...)Bagaço... O senhor queria desinfectar isto com bagaço. Ela contrapos: "Não é nada preciso, isto não foi nada... é só uma ferida sem importancia..." e foi-se. Diana agradeceu a gentileza e pos-se a caminho de casa. Pelo caminho, teve que desbravar os mesmos degraus que minutos antes a tinham levado ao chão. Diana desceu-os sem cair novamente. Forte, hein?
O resto do percurso foi feito sem mais precalços. Contudo, foi feito com uma forte dor do derrière. Que persiste... Diana agora vive a cada gesto e cada movimento súbito, tipo sei lá, levantar, sentar ou mexer-se, com uma palavra menos própria pronta a soltar-se da língua...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
"Todas as casas são tristes às três horas da tarde (...)"*
"- Gosto de ti
numa hesitação de círio comigo a pensar
- Vai apagar-se, vai apagar-se
no interior do
- Gosto de ti
a borboleta trémula de um pedido
- Não contes a ninguém"
numa hesitação de círio comigo a pensar
- Vai apagar-se, vai apagar-se
no interior do
- Gosto de ti
a borboleta trémula de um pedido
- Não contes a ninguém"
- A. Lobo Antunes
in Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?*
--Depois não admira que fique deprimida cada vez que poiso o livro--
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Estou com os azeites... E indignadamente indignada.
Hoje estou com os azeites. E estou indignada.
…porque meu irmão por uma dorzinha de garganta (huhuhuhuhu) não vai à escola, enquanto eu mesmo que esteja para ai a morrer, é preciso praticamente cuspir sangue para a minha mãe acreditar;
…porque tenho uma data de coisas para fazer e vontade nenhuma para fazer alguma;
…porque as coisas que tenho para fazer são maioritariamente para A.P.;
…porque A.P. está a ocupar demasiado do meu tempo;
…porque me sinto exausta ao fim de uma manhã de aulas;
…porque ainda só passaram dois meses desde o inicio das aulas e eu já estou completamente arrasada;
… porque o tempo limite das apresentações orais em Português é ridículo;
… porque eu estou lixada com o raio do limite de tempo;
…porque eu odeio limites, tanto de tempo como de palavras;
…porque se me apareceu a parva de uma borbulha mesmo no limite do lábio superior e esta parva dói;
…porque deve ser divertido ver-me suar as estopinhas a cortar um naco de carne;
…porque odeio quando me chamam filha;
…porque odeio conversa fiada à hora do jantar;
…porque odeio conversa fiada, ponto final;
…porque estou com a p*** de uma dor de cabeça, que não se vai nem por nada, mesmo eu estando em risco de uma overdose;
… porque mesmo por escrito, não consigo exprimir palavras menos próprias a uma menina de bem;
…porque eu não devia ser uma menina de bem, mas soltar a bitch que há em mim, mortinha para se manifestar;
…porque já há testes para a semana e eu não me lembro daquilo que andei a dar, excepto a Revolução Russa;
… porque já não tenho espaço no mp3 para o álbum destes moços;
…porque o que eu quero mais é ir enfiar-me debaixo de uma pedra e só ressurgir quando isto tudo acabar;
…porque não passamos de processos químicos e eléctricos do cérebro e isso deprime-me profundamente;
…porque uma bebedeira de sexta à noite só dura mesmo a noite de sexta;
…porque quem eu quero está longe e quem me quer não dá de si.
(...)
…porque quem eu quero está longe e quem me quer não dá de si.
(...)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
E já estamos naquela altura do ano outra vez. Não, não é o Halloween, o Dia das Bruxas ou lá o que o valha, nem o Dia de Todos-os-Santos, que o desgraçado este ano calha a um sábado (patife!!!), nem tão pouco esse dia tão particularmente especial (que perdura e reluz nos vossos corações, que eu sei) que é o dia que faz anos que a minha pessoa decidiu nascer - para esse ainda faltam 257 dias.
Não é nada disso, nem tão pouco o início do ano parlamentar e de mais uma legislatura consequente das ultimas eleições... Não, meus amigos!
Chegou aquela altura do ano em que daqui a nada haverá luzinhas coloridas espalhadas por esse Portugal fora, anuncios a perfumes e chocolates a torto e a direito em todo o precioso espaço publicitário televisivo, a Leopoldina e todos os seus amigos, todos contentinhos da vida, a receber-nos de braços abertos "ao mundo encantado dos brinquedos, onde há reis, princesas, ladrões!" (LADRÕES!!! O quê? Vá se lá perceber o pássaro... )
Sim! Por todo o lado, o Pai Natal começa a espreitar a cada esquina, o azevinho propício à osculação agrega-se por cada canto, os pobres pinheiros começam a cair e os perus de um e qualquer aviário começam a fazer tremer as suas penas. Sim. Chegou aquela altura do ano outra vez. Diz que vem todos os anos. Começa por esta altura e arrasta-se por uns meses. Uma criança nasceu por este tempo. (Não, não és tu Alice. É outra. Diz que fez uns milagres há uns tempos e agora celebra-se o seu nascimento. O único milagre que tu consegues fazer é subtrair comida. O outro multiplica os pães, tu faze-los desaparecer. Enfim, pormenores...).
Meus amigos, alegria ao mundo! Todos para a rua cantar canções de amor e esperança!!! Chegou o Natal!!! O Natal!!! Haverá altura mais bonita que o Natal? Não creio. Não creio nem tão pouco acredito. É hora de nos redimirmos da parvoice que andamos a fazer o ano inteiro; se não, não há cá prendinhas no sapatinho para ninguém. E a mim, até que me fazem muita falta. Ora agora, o meu lado bondoso e caridoso tem dois meses e troca o passo para vir ao de cima. Não há-de ser difícil *cof*cof* Eu que sou uma criatura tãããão, mas tãããããoooo amável os 12 meses do ano.
Com o Natal, vem igualmente algo de extrema importancia: as férias; as abençoadas duas semanas sem fazer nada a não ser enfardar filhoses, farófias e chocolates em frente à lareira, enquanto se maldiz a gordura localizada e a escala da balança. Essas duas semanas, tão ou mais importantes que o nascimento do Messias, - depois vêm os sacanas dos Reis Magos acabar com a festa. Bem que esses três se podiam ter demorado mais umas duas ou três semanas.
Portanto, meus queridos, começam a pensar na vossa listinha de prendas que eu já estou a pensar na minha, comecem a preparação mental que necessitam para a estupidez de niveis de açúcar e gordura que irão ingerir e saquem das bolas e dos anjinhos e das velinhas temáticas, das luzinhas e do Jingle Bells, das fitinhas e do papel de embrulho.
Que o espirito natalício se abata sobre vós! Para já, um santo e feliz Natal e bom Ano Novo, que isto eu sou moça despachada, fica já tudo desejado.
_____________________________________________________________
Entretanto e enquanto a chuva não cai e as temperaturas continuam na ordem dos 30º graus (já disse que já estamos a meio de Outubro?) fica esta música, esta estupidez de tão genial que é, dos meus Friendly Fires. Aviso já que o moçoilo da voz faz parte da minha lista de prendas do Natal, portanto já detenho direitos exclusivos.
Mas, para nos despedirmos do Verão: Kiss of Life. Faz-me dançar desalmadamente, faz-me feliz de tão estupidamente perfeita e genial que é... Alegrem-se vós também, façam dançar as vossas almas igualmente... Eles são brilhantes, catano...
Não é nada disso, nem tão pouco o início do ano parlamentar e de mais uma legislatura consequente das ultimas eleições... Não, meus amigos!
Chegou aquela altura do ano em que daqui a nada haverá luzinhas coloridas espalhadas por esse Portugal fora, anuncios a perfumes e chocolates a torto e a direito em todo o precioso espaço publicitário televisivo, a Leopoldina e todos os seus amigos, todos contentinhos da vida, a receber-nos de braços abertos "ao mundo encantado dos brinquedos, onde há reis, princesas, ladrões!" (LADRÕES!!! O quê? Vá se lá perceber o pássaro... )
Sim! Por todo o lado, o Pai Natal começa a espreitar a cada esquina, o azevinho propício à osculação agrega-se por cada canto, os pobres pinheiros começam a cair e os perus de um e qualquer aviário começam a fazer tremer as suas penas. Sim. Chegou aquela altura do ano outra vez. Diz que vem todos os anos. Começa por esta altura e arrasta-se por uns meses. Uma criança nasceu por este tempo. (Não, não és tu Alice. É outra. Diz que fez uns milagres há uns tempos e agora celebra-se o seu nascimento. O único milagre que tu consegues fazer é subtrair comida. O outro multiplica os pães, tu faze-los desaparecer. Enfim, pormenores...).
Meus amigos, alegria ao mundo! Todos para a rua cantar canções de amor e esperança!!! Chegou o Natal!!! O Natal!!! Haverá altura mais bonita que o Natal? Não creio. Não creio nem tão pouco acredito. É hora de nos redimirmos da parvoice que andamos a fazer o ano inteiro; se não, não há cá prendinhas no sapatinho para ninguém. E a mim, até que me fazem muita falta. Ora agora, o meu lado bondoso e caridoso tem dois meses e troca o passo para vir ao de cima. Não há-de ser difícil *cof*cof* Eu que sou uma criatura tãããão, mas tãããããoooo amável os 12 meses do ano.
Com o Natal, vem igualmente algo de extrema importancia: as férias; as abençoadas duas semanas sem fazer nada a não ser enfardar filhoses, farófias e chocolates em frente à lareira, enquanto se maldiz a gordura localizada e a escala da balança. Essas duas semanas, tão ou mais importantes que o nascimento do Messias, - depois vêm os sacanas dos Reis Magos acabar com a festa. Bem que esses três se podiam ter demorado mais umas duas ou três semanas.
Portanto, meus queridos, começam a pensar na vossa listinha de prendas que eu já estou a pensar na minha, comecem a preparação mental que necessitam para a estupidez de niveis de açúcar e gordura que irão ingerir e saquem das bolas e dos anjinhos e das velinhas temáticas, das luzinhas e do Jingle Bells, das fitinhas e do papel de embrulho.
Que o espirito natalício se abata sobre vós! Para já, um santo e feliz Natal e bom Ano Novo, que isto eu sou moça despachada, fica já tudo desejado.
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Entretanto e enquanto a chuva não cai e as temperaturas continuam na ordem dos 30º graus (já disse que já estamos a meio de Outubro?) fica esta música, esta estupidez de tão genial que é, dos meus Friendly Fires. Aviso já que o moçoilo da voz faz parte da minha lista de prendas do Natal, portanto já detenho direitos exclusivos.
Mas, para nos despedirmos do Verão: Kiss of Life. Faz-me dançar desalmadamente, faz-me feliz de tão estupidamente perfeita e genial que é... Alegrem-se vós também, façam dançar as vossas almas igualmente... Eles são brilhantes, catano...
Don't let go, this could be so perfect.
Don't let go, if we hold onto it
...
A thousand butterflies, from your lips to mine
sábado, 10 de outubro de 2009
Tentei fugir da mancha mais escura
Tentei fugir da mancha mais escura
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.
Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.
Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão...
Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que me sai, sem voz, do coração.
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.
Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.
Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão...
Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que me sai, sem voz, do coração.
David Mourão-Ferreira
terça-feira, 6 de outubro de 2009
True Love Will Find You In The End
Encontrará?
(...)
But don't give up until
True love finds you in the end.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
E aquando o pé na calçada do cais, tristeza... e não tristeza, mas saudade, a saudade da partida à novidade da chegada e o susto do não saber aquilo a que se regressa...
"Quando o comboio partir não digas adeus porque ficaste no cais. Foi apenas o teu passado que se foi embora, na terceira ou na quarta carruagem de segunda classe, precisamente a que acaba de desaparecer no tunel. Foi apenas o teu passado que se foi embora: o teu presente ficou."
- António Lobo Antunes
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